domingo, 23 de dezembro de 2012

guará

guará (Eudocimus ruber)

Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Threskiornithidae

Ave de vermelho muito vivo, impossível de não ser identificada. Possui bico longo, assim como os outros membros da família e mede cerca de 60 cm.
Muito conspícua, vive em manguezais e praias lodosas. Ocorre separadamente no litoral do sul e sudeste do Brasil ao litoral do nordeste (Piauí) ao Amapá. Também ocorre na costa da Guiana Francesa à Colômbia e nas ilhas de Trinidad e Tobago. No site wikiaves há registros de fotos para o litoral da Bahia.
Se alimenta peixes, inverebrados e caranguejos, principalmente aquele conhecido como chama-maré (Uca maracoani), que deixa a coloração do guará vermelha, devido aos carotenóides presentes nesse crustáceo. Forrageiam em grupos.
Contrói ninho feito de gravetos e galhos em árvores altas do manguezal em colônias, junto de outras aves aquáticas. A fêmea deposita entre 2 a 3 ovos cinza-esverdeados com manchas marrons.
Sofre com o problema da poluição, principalmente de químicos (hidrocarbonetos clorados e metais pesados) presentes em sua cadeia trófica.
Não consta no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e é considerado fora de perigo pela IUCN, porém sua população está em declínio e já sofreu perdas grandes com o desmatamento e urbanização do litoral brasileiro. 

Fontes:

Aves do Brasil, uma visão artística - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br

sábado, 22 de dezembro de 2012

Dipsas sp.

Dipsas sp.

Classe: Répteis
Ordem: Squamata
Família: Colubridae

Bela espécie amazônica. Conversando com meu amigo, especialista em serpentes, Iury Valente, fui informado que o indivíduo da foto pode ser de duas espécies, D. pavonina ou D. catesbyi. De um modo geral, ambas ocorrem na bacia Amazônica, incluindo Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
São animais noturnos, ocorrendo na floresta tropical, desde áreas mais baixas até montanhas. Segundo Iury, são mais arborícolas e vê-la no solo é bastante difícil.
Não são peçonhentas e se alimentam basicamente de caramujos.
Ambas as espécies estão fora de perigo de extinção.

Fontes:

www.iucnredlist.com
http://en.wikipedia.org/wiki/Dipsas

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

tamacuaré

tamacuaré (Uranoscodon superciliosus)

Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Iguanidae

Comprimento de até 15 cm. Os machos adultos são marrom escuro ou marrom oliváceo enquanto os jovens e as fêmeas  possuem uma faixa ondulada clara com bordas escuras.
Ocorre na maior parte da Amazônia, exceto no extremo oeste.
Vive próximo a corpos d'água, como igarapés, rios e lagos, sobre troncos de árvores pequenas durante o dia e sobre árvores, cipós e até pela superfície da água durante a noite.
Desovam entre 3 e 14 ovos.
Não é heliotérmica. É uma espécie críptica. Pode correr sobre a água.
Se alimenta de minhocas, escorpiões, alguns vertebrados como sapos.
A foto foi tirada na RDS Mamirauá, estado do Amazonas, Brasil.


Fonte:


Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

verão

verão/príncipe (Pyrocephalus rubinus

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae

Bela espécie, macho de cor vermelho vivo, fêmea e macho jovem acizentados.
Durante a época de reprodução, durante a primavera, canta até de madrugada e no crepúsculo. O ninho é em forma de uma tigela chata, com bastante revestimento. A fêmea deposita entre 4 a 5 ovos.
Ocorre do sul dos Estados Unidos e México a Argentina e Bolívia, Galápagos e todo o Brasil. Habita regiões campestres, cerrados, campos, áreas abertas, praias de rio, jardins e parques. Não adentra em áreas densamente florestadas. Durante o inverno, nas áreas mais ao sul, migra para o norte da América do Sul, chegando até o Pantanal e a Amazônia.
Se alimenta de insetos e de modo característico, voando do poleiro para capturar a presa e retornando ao mesmo local.

Ambas as fotos (macho à direita e fêmea à esquerda) foram tiradas na Fazenda Nossa Senhora do Carmo, propriedade da Pousada Xaraés, município de Corumbá/MS, Pantanal.
Está fora de perigo de extinção.

Fontes

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.wikiaves.com.br

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

papa-lagarta-acanelado

papa-lagarta-acanelado (Coccyzus melacoryphus)

Classe: Aves
Ordem: Cuculiformes
Família: Cuculidae

Possui cerca de 28 cm.
Vive escondido entre as folhagens de matas e capoeiras espessas, vegetação ribeirinha, no estrato médio.
Ocorre no norte da América do Sul até a Bolívia, Paraguai e Argentina. No Brasil todo.
Se alimentam principalmente de artrópodes, como gafanhotos, percevejos, aranhas e miriápodes. Também comem pequenos vertebrados como lagartixas e ratinhos.
Tem como hábitos tomar sol e se banhar na poeira.
Não são parasitas. O casal cria em um ninho pequeno, feito por eles mesmos.Os filhotes deixam o ninho antes de poder voar e são alimentados por algumas semanas pelos pais ou padrastos. Os ovos são verde uniforme.
Estão fora de perigo de extinção.

A foto à direita foi tirada na margem direita do rio Abobral, dentro da fazenda Xaraés, no Pantanal sul-matogrossense, município de Corumbá. A segunda foi na beira da ressaca da Anágua, um pequeno lago dentro do lago Mamirauá, na RDS Mamirauá.



Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.wikiaves.com.br

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

aruanã

aruanã (Osteoglossum bicirrhosum)




Classe: Actinopterygii
Ordem: Osteoglossiformes
Família: Osteoglossidae

Também conhecido no Brasil como sulamba e macaco d'água. O nome macaco-d'água vem do fato do peixe pular para fora da água para capturar insetos e outros pequenos invertebrados que ficam nas plantas. Se alimenta também de pequenos pexies e já observei comendo um morcego que caiu na água.
O macho apresenta cuidado parental, mantendo os ovos e os filhotes dentro da boca por cerca de 2 a 3 semanas. Após esse período os jovens se alimentam de pequeninos invertebrados e algas, mas ainda ficam próximos ao pai.
O apêndice da boca provavelmente tem como utilidade capturar oxigênio da superfície da água. Pode sobreviver em águas com pouca concentração de oxigênio. Seus olhos são divididos horizontalmente, possibilitanto ao animal
procurar presas tanto dentro quanto fora da água.
É uma espécie ornamental, mas é principalmente fonte de alimentação. A maior produção se dá na região da Amazônia Central e estima-se que a produção chegue a 1800 toneladas por ano. O tamanho mínimo do animal para ser pescado legalmente é 44 cm.
A espécie entra no defeso (período em que a pesca é proibida) que dura do meio de novembro ao meio de março.
Tem tamanho médio, entre 40 e 100 cm. Desova na época de enchente e não migra.
Todas as fotos foram tiradas na RDS Mamirauá. A primeira foi na região do lago Mamirauá. Durante a época seca, é muito comum que os aruanãs pulem para fora da água e caiam no barco, muitas vezes atingindo as pessoas (já tomei uma "aruanada" na cara). Foi o que aconteceu com esse animal. A segunda foto também é da época de seca, de um indivíduo que ficava nadando ao redor da Pousada Uacari. A última foi na época de pesca, mês de outubro, na comunidade São Raimundo do Jarauá.

Fontes:

Um Ecossistema Inesperado. A Amazônia revelada pela pesca. Ronaldo Barthem & Michael Goulding
Mamirauá - A guide to the natural history of the amazon flooded forest



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

veado-catingueiro

veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) - Gray Brocket Deer - Venado

Classe: Mammalia
Ordem: Cetartiodactyla
Família: Cervidae

Comprimento total: 90-1250 cm; peso: 11-25 kg
São parecidos com o veado-mateiro (M. americana), que são maiores e são mais avermelhados.
Ocorre nas Américas Central e do Sul. Do Panamá ao Uruguai, a leste dos Andes.
Habita diversos tipos de hábitats, desde áreas abertas como Chaco Paraguaio, Pantanal e Cerrado, à floresta mais fechada como na Mata Altântica e Amazônia, embora sejam mais raros nesses ambientes.
É um animal de hábitos diurnos e noturnos, terrestre e solitário, embora seja observado também em pares. As mães cuidam dos filhotes por algumas semanas. A gestação dura cerca de 270 dias. Os filhotes nascem com pintas brancas.
Se alimentam de frutos, flores, folhas e raízes.
Está fora de perigo de extinção, mas a população está em declínio, principalmente pelo aumento da urbanização.
As duas fotos são da região da pousada Xaraés, pantanal sul-matogrossense.


Fontes:


Neotropical Rainforest Mammals - Louise Emmons & François Feer
Mammals of the Neotropics - John Eisenberg & Kent Redford
www.iucnredlist.org


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

reloginho

reloginho (Todirostrum cinereum)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae

Segundo o Comitê de Classificação da América do Sul, as espécies do gênero Todirostrum ainda pertencem à família Tyrannidae, mas para o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos são classificadas como Rhynchocyclidae, embora Incertae sedis.
Pequena espécie com cerca de 8-9 cm. Ocorre do México ao Paraguai, incluindo as Guianas e Suriname e em todas as regiões do Brasil, até o sul do Mato Grosso do Sul e Paraná. Habita matas ralas, bordas de mata, restinga, quintais e também nas copas das árvores, sempre em ambientes mais abertos.
Se alimentam de artrópodes. São muito ativos, sempre buscando alimento entre as folhagens da copa e até próximo ao chão.
Durante o cortejo, o macho joga a cauda para os lados quando persegue a fêmea. O ninho é fechado em forma de uma bolsa suspensa, com entrada lateral e protegida por alpendre. A reprodução ocorre entre julho e novembro.
É uma espécie fora de perigo de extinção e sua população está aumentando.
Essa foto foi tirada no campus da ESALQ (Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiróz), na cidade de Piracicaba/SP.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.museum.lsu.edu/~Remsen/SACCBaseline08.html
http://www.wikiaves.com.br/ferreirinho-relogio

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

acará-boari

acará-boari (Mesonauta insignis)

Classe: Actynopeterygii
Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae

Ocorre em rios de água branca, preta mista. Muito comum de observar no entorno da Pousada Uacari durante os perídos de vazante e seca. É mais comum em áreas de várzea. Habita lagos, igarapés e paranãs.
M. insignis é uma espécie da América do Sul, que ocorre na bacia do rio Amazonas, alto Rio Negro e na Venezuela e Colômbia, na região do rio Orinoco.
Pode chegar a 14 cm de tamanho e a primeira reprodução se dá a partir dos 6 cm. Na RDS Amanã a reproduçaõ se dá entre outubro e fevereiro e as fêmeas podem liberar até 610 ovócitos.
Prefere locais com fundo lamoso e lodos e em áreas cobertas por folhiço.
É uma espécie com importante apelo comercial, sendo vendida a um valor razoável como peixe ornamental.

Fontes:

Peixes Ornamentais do Amanã - Alexandre Hercos, Helder Queiróz e Henrique
Lazzarotto.
www.fishbase.org

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

saí-amarelo

saí-amarelo (Dacnis flaviventer)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thraupidae

Possui cerca de 11 cm. O macho é amarelo e preto, com o alto da cabeça verde e a fêmea é pardo-esverdeada e de barriga acizentada. Ambos possuem o olho vermelho. Belíssima espécie amazônica. Habita a beira da rios e lagos em áreas mais arborizadas, mas também em capoeiras e clareiras próximas à árvores esparsas. O indivíduo da foto estava em uma ilha no rio Negro. Ocorre do alto Amazonas ao rio Negro, Bolívia e norte do Mato Grosso.
Se alimentam de pequenos frutos, pedaços de frutas maiores, folhas, botões, néctar, pólen e pequenos insetos.
Aos 10 meses de idade ficam maduros. A ninhada é de 2 a 3 ovos e são até 3 ninhadas por estação. Após 13 dias os filhotes nascem.
Estão fora de perigo de extinção, mas a população está em declínio.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br

terça-feira, 11 de setembro de 2012

quatipuru

quatipuru (Sciurus igniventris)

Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Sciuridae

Possui entre 46-56 cm, mas a cauda é cerca de metade do comprimento total.
Pesa entre 500-900 g.
É muito semelhante com a espécie S. spadiceus, que ocorre ao sul do rio Solimões. Diferenciam-se morfologicamente pela ausência de marcas alaranjadas atrás das orelhas e pela ausência de laranja em cima dos pés em S. igniventris.
Ocorre ao norte do rio Solimões, abrangendo toda região a oeste do rio Negro
no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru. Habita florestas tropicais até 3300 m de altitude, mas prefere áreas mais baixas.
São animais diurnos. Se locomovem no chão, mas são preferencialmente arborícolas.
Podem ser vistos sozinhos, mas é bastante comum observá-los aos casais.
Se alimentam se frutos, sementes e coquinhos.
Está fora de perigo, mas não se sabe se a população está estável ou diminuindo. O desmatamento é a principal ameaça à espécie.
Ambas as fotos foram tiradas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, estado do Amazonas, Brasil. 

Fontes:

Neotropical Rainforest Mammals - Louise Emmons & François Feer
Mammals of the Neotropics - John Eisenberg & Kent Redford
                                                                                    www.iucnredlist.org

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

fogo-apagou

fogo apagou (Columbina squammata)

Classe: Aves
Ordem: Columbiformes
Família: Columbidae

Possui cerca de 19 cm. O nome fogo-apagou deriva do canto, cujo som onomatopéico se assemelha a "fogo-apagou".
Ocorre na Venezuela e Colômbia e do Brasil Central ao Nordeste e Sul e norte da Argentina, Paraguai e sudeste da Bolívia (região do Pantanal).
Forrageiam no solo e se alimentam de frutos e sementes. Assim como as outras pombas, ingerem os grãos inteiros e não os quebram, se tornando importantes dispersores de sementes.
Em situações agonísticas levantam as asas para o adversário. Se consideram o inimigo mais fraco, a asa levantanda é aquela voltada para ele. Se o adversário é mais forte, levanta a do lado oposto, como um gesto de submissão. Muitas vezes levanta ambas as asas e sinal de confusão.
Vivem em casais ou em pequenos grupos. Fazem seus ninhos ou utilizam ninhos abandonados. O macho é que leva o material para fazer o ninho. A fêmea deposita 2 ovos e o casal choca, sendo que o macho fica do final da manhã até cerca das 16 horas e a fêmea fica no outro turno. O período de incubação é de cerca de 14 dias. Os filhotes abandonam o ninho com 15 dias.
Os filhotes são alimentados pelos pais com o chamado "leite de papo", uma massa composta pelo epitélio digestivo do  papo dos pais. Esse "leite" é rico em gordura (25-30%), proteínas (10-15%) e lecitina (5%).
A espécie está fora de perigo.



Fontes:
Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

pirarara

pirarara (Phractocephalus hemiliopterus)

Classe: Actinopterygii
Ordem: Siluriformes
Família: Pimelodidae

É um bagre muito colorido, variando do cinza ao preto, mas de barriga branca e cauda avermelhada. Pode crescer até 1,5 m e pesar até 44 kg.
Ocorre nas bacias Amazônica e do Orinoco (países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela). Costuma viver associado a substratos, principalmente em rios de água branca, nas áreas de várzea. Não se sabe se a pirarara é migratória, mas imagina-se que a espécie desça os rios de águas pretas e claras para desovar na água branca. Pode percorrer distâncias médias de 100 a 1000 km e se reproduz na região do complexo Solimões-Amazonas na época da enchente.
Se alimenta frutas quando a floresta está alagada, mas também come caranguejos e peixes, principalmente na época seca.
É um peixe razoalvelment apreciado no mercado, considerado de segunda classe. O potencial de produção foi calculado em cerca de 900 toneladas e quatro regiões são responsáveis pela maior parte dessa produção: fronteira Brasil-Peru-Colômbia, Amazônia Central, Baixo Amazônia e Amazônia Peruana.
A espécie não foi avaliada pela IUCN.
A foto foi tirada no flutuante Mamirauá, na RDS Mamirauá, Amazonas.

Fontes:

Um Ecossistema Inesperado. A Amazônia Revelada pela Pesca - Ronaldo Barthem & Michael Goulding
Pesces del medio Amazonas. Regíon de Letícia - Cpnservación Internacional
www.fishbase.org

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

cotia

cotia (Dasyprocta azarae)

Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Dasyproctidae

Possui entre 46 a 60 cm de comprimento e 2,4 a 3,2 kg.
São animais terrestres e diurnos. Se alimentam de sementes, frutos e coquinhos, como cocos de acuri (Attalea phalerata) no Pantanal. Ocorrem em regiões úmidas, como florestas da Mata Atlântica, cerrado e Pantanal. Ocorre do sopé dos Andes na Bolívia ao Rio Grande do Sul, incluindo o estado do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Também na província das Missiones, na Argentina. É a espécie de cutia com a distribuição mais a sul.
A gestação dos Dasyprocta dura cerca de 4 meses e dão à luz a 1 ou 2 filhotes. Os filhotes já nascem com os olhos abertos.
As fêmeas defendem parte da sua área de vida quando há pouco alimento e os jovens são tolerados pelos pais no uso da área. Os machos defendem sua área mais fortemente.
Costumam descansar em ocos de árvore caídas ou em meio à vegetação baixa e densa.
Não possui classificação na IUCN, onde consta como dados deficientes, mas a população parece estar diminuindo.
A foto foi tirada de dentro de um capão na Fazenda Nossa Senhora do Carmo, município de Corumbá, Pantanal.

Fontes:

Mammals of the Neotropics - Eisenberg & Ford
Neotropical Rainforest Mammals - Emmons
www.iucnredlist.org

terça-feira, 21 de agosto de 2012

pica-pau-de-topete-vermelho

pica-pau-de-topete-vermelho (Campephilus melanoleucos)

Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae

Os pica-paus possuem a musculatura do pescoço muito forte e adaptações especiais nas vértebras, no crânio e no próprio pescoço, de modo a proteger o cérebro das trepidações quando o animal "pica" a árvore. São animais trepadores e a cauda é transformada em um órgão de apoio nas árvores.
C. melanoleucos é muito parecido com a espécie pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus), porém distinguível pelo "V" branco nas costas e pela cabeça bem avermelhada. A fêmea possui a frente do topete preta e uma larga mancha branca que alcança o bico.
Ocorre do Panamá à Bolívia, Paraguai, Argentina e alguns estados brasileiros como o Paraná, Mato Grosso e Goiás. Também na Amazônia e no Pantanal. Habita matas de galeria, várzeas amazônicas, áreas abertas, palmais e fazendas.
Se alimentam de insetos e suas larvas. Conseguem ouvir o barulho desses animais no oco das árvores ou martelam a madeira para descobrir onde existem possíveis presas. Possuem uma língua longa e pegajosa que serve para espetar a presa. Algumas espécies como C. melanoleucos se alimentam também de frutos (bananas, mamão, laranja e embaúba).
Na época de reprodução, o casal de pica-pau-de-topete-vermelho se encontra após vôos em que produzem fortes zunidos com as asas. Normalmente o casal nidifica em árvores mortas, palmeiras e embaúbas, onde constróem um ninho em alguma cavidade da madeira. C. melanoleucos deixa uma camada de serragem no ninho. A fêmea deposita entre 2 a 4 ovos e ambos os sexos revezam-se na hora de chocar.
A espécie está fora de perigo, mas a população parece estar em declínio.
A primeira foto é de um macho, tirada na comunidade Sítio São José, na RDS Mamirauá, Amazonas; as outras duas são da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, pantanal sul-matogrossense. Na segunda foto dá pra ver em detalhe a cauda apoiada no tronco da árvore e a terceira é uma fêmea.


Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

batuíra-de-coleira




batuíra-de-coleira (Charadrius collaris)

Classe: Aves
Ordem: Charadriiformes
Família: Charadriidae

Habita usualmente áreas próximas à água, como praia e beira de rios, sejam de areia ou lama. Também vive em regiões de água salgada, dunas e zonas de vegetação pioneira, mas é mais comum em águas interiores. Na Amazônia, devido a inundação das regiões de várzea e igapó, tem que migrar para outras áreas, fazendo este movimento todos os anos. Assim que as águas baixam, voltam para suas áreas de preferência onde se reproduzem. Não faz ninho. A fêmea deposita os ovos diretamente no solo. Vivem aos casais e não há dimorfismo sexual. Os filhotes são nidífugos, ou seja, já saem do ninho ao nascer.
Se alimentam de pequenos animais que vivem no solo, como insetos, poliquetas e crustáceos.
Ocorre do México à Bolívia, Argentina e Chile e em todo o Brasil. Também nas ilhas do Caribe e Antilhas Holandesas.
Está fora de perigo de extinção, mas a população vem diminuindo. É estimado que existam entre 1.000 a 10.000 indivíduos.
As 3 primeiras fotos foram tiradas na Amazônia, todas no estado do Amazonas. A primeira foi no lago Tefé, na região do distrito de Nogueira, pertencente ao município de Alvarães; a segunda à direita é da RDS Uatumã, no lago Jaraoacá; a terceira foi na área da comunidade Miraflor, município de Uarini, no rio Solimões. A última foto é da região do Pantanal sul-matogrossense, na fazenda Nossa Senhora do Carmo, município de Corumbá.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

onça-pintada

onça-pintada (Panthera onca)

Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae

A onça-pintada é o maior felino das Américas, podendo pesar até 150 kg e medir 2,4 m de comprimento, incluindo a cauda. Contudo o tamanho dos animais varia muito de acordo com a região: no Pantanal os indivíduos são grandes, chegando a mais de 100 kgm enquanto que na várzea amazônica, são menores e os machos adultos podem pesar cerca de 60-70 kg. É um animal muito forte, musculoso, de cabeça grande em relação ao corpo, cauda grossa e pernas grossas e curtas. Suas manchas são chamadas de rosetas, ou seja, são manchas dentro das manchas.  O padrão de rosetas é individual, ou seja, cada animal tem o seu. É equivalente à nossa impressão digital.
Originalmente ocorria da Argentina central até o sul dos EUA, mas atualmente já está extinta ou muito rara em grande parte de sua distribuição (ocorre em apenas 46% da sua área original). Na Amazônia e no Pantanal as populações de onça-pintada são grandes e o animal ainda está a salvo. No entanto, considerando toda a distribuição da espécie e as pressões exercidas sobre ela, é um animal considerado próximo de ameaçado.
Habita praticamente qualquer tipo de habitat, mas normalmente está muito associada a corpos d'água e áreas alagáveis. No entanto existem animais em regiões secas como a caatinga.
As principais ameaças à onça-pintada são a perda de habitat, com o desmedido desmatamento que vem ocorrendo nas Américas, a perda de presas devido à caça e os conflitos com humanos, especialmente proprietários de terras e de animais de criação que matam P. onca em retaliação a alguns casos de morte de gado pela onça. Muitos estudos, no entanto, demonstram que a porcentagem de gado morto pela onça-pintada é baixa.
São animais que constumam andar sozinhos, mas também em dupla. Irmãos são às vezes observados juntos por um certo tempo e a mãe também tem um importante cuidado com os filhotes (na média 2). Moradores locais da RDS Mamirauá contam que na época da vadiação (quando a fêmea está no cio) é possível observar vários indivíduos juntos, às vezes mais de 5. Os filhotes ficam independente após cerca de 2 anos e as fêmeas tem sua primeira cria a partir dos 3 anos de idade. O tempo máximo de vida de uma onça-pintada é de aproximadamente 12 anos.

Possuem grandes áreas de uso e os territórios variam muito em relação aos recursos existentes. Existe sobreposição de território, especialmente de machos e fêmeas, mas os animais vagueiam pela área dos outros. Na RDS Mamirauá, onde existe a maior densidade de onça-pintada do mundo, foi registrado, com o auxílio de armadilhas fotográficas, 13 indivíduos por 100 km2

Possuem atividade ao longo do dia inteiro. Se alimentam de praticamente todo vertebrado que conseguir pegar. Comem queixadas, antas, veados, capivaras, jacarés e seus ovos, jabutis, aves e até preguiças e macacos.
As 3 fotos de onça foram tiradas na área do corixo fundo, dentro da fazenda Nossa Senhora do Carmos, Pantanal sul-matogrossense. A segunda e a terceira foto é de um casal, o o macho à direita e a fêmea à esquerda na segunda e em lados invertidos na terceira. A foto da pegada é no final da trilha da Guariba, bem próximo à Pousada Uacari, na RDS Mamirauá, Amazonas.

Fontes:
Azevedo, F. C. C. 2006. Predation patterns of jaguars (Panthera onca) in a seasonally flooded forest in the southern region of Pantanal, Brazil. Doctor of Philosophy, University of Idaho, 103pp.
Macedo, J. S. 2011. Dinâmica populacional da onça-pintada (Panthera onca) no lago Mamirauá e conflitos entre onças e populações tradicionais nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, AM. Relatório técnico final das atividades de bolsa /CNPQ. Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Tefé, Amazonas, Brasil.
Ramalho, E.E. 2006. Uso do hábitat e dieta da onça-pintada (Panthera onca) em uma área de várzea, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazônia Central, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Amazonas, 46pp.
Sanderson, E. W.; Redford, K. H.; Chetkiewicz, C. B.; Medellin, R. A.; Rabinowitz, A.; Robinson, J. G.; Taber, A. B. 2002. Planning to save a species: the jaguar as a model. Conservation Biology, 16(1):58-72.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Marpesia chiron

Marpesia chiron

Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae

Marpesia chiron ocorre do sul dos EUA à América do Sul, da Colômbia para a Bolívia. Sua distribuição inclui o Caribe. Habita florestas tropicais, áreas abertas, beira de rios, praias de rios, florestas decíduas, floresta de neblina, áreas de vegetação secundária, parques em cidades, beira de estradas. Até 2500 m de altitude.
Deposita os ovos em  folhas das plantas da família Moraceae (que inclui os figos). As lagartas, de coloração vermelha ou amarela, se alimentam das folhas das plantas hospedeiras.
Os machos se agregam para sugar sais e minérios do solo e são comuns vê-los às dezenas juntos. São muito ativos em climas quentes, mas em locais mais frios passam algum tempo se esquentando ao sol. As fêmeas ficam mais tempo no interior da mata, sendo mais difíceis de ver. Formam dormitórios noturnos.

Fontes:

http://www.learnaboutbutterflies.com/Amazon%20-%20Marpesia%20chiron.htm
http://www.butterfliesandmoths.org/species/Marpesia-chiron
http://darnis.inbio.ac.cr/ubisen/FMPro?-DB=UBIPUB.fp3&-lay=WebAll&-error=norec.html&-Format=detail.html&-Op=eq&id=3851&-Find

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

tucunaré - outra foto (Cichla sp.)

Minha amiga Roberta Ricupero não gostou muito da foto do tucunaré que eu coloquei. Realmente não foi o melhor close do bicho, mas é a única mais ou menos que tenho dessa espécie. Essa nova foto é do mercado de Manaus e é outra espécie de tucunaré, por isso cito apenas o gênero, Cichla.
Não está dentro d'água, mas fica o bocão dele pra vocês!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

tucunaré

tucunaré (Cichla monoculus)

Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae

São muitas espécies de tucunarés na Amazônia e C. monoculus é a encontrada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
É um animal muito apreciado na culinária amazônida e também é um dos preferidos pelos pescadores esportistas, principalmente na região do rio Negro.
Ocorre nas regiões do complexo Solimões-Amazonas e alguns tributários, bem como nas áreas de várzea, no Brasil, Peru e Colômbia.
São carnívoros. Os adultos consomem peixes e os juvenis crustáceos e insetos.
A maturidade sexual dos machos ocorre após 1 ano e das fêmeas 2 anos. Não existe uma época de reprodução definida, mas parecem preferir os meses quentes para fazê-la. O casal constrói um ninho, muitas vezes sob paus caídos e também cuida da prole.
O tamanho máximo registrado foi de 70 cm e 9 kg.

Fontes:

www.fishbase.org
Peces del medio Amazonas. Región de Leticia - Cnservacion Internacional
ANÁLISE FILOGENÉTICA DE DUAS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS DE TUCUNARÉ
(Cichla, PERCIFORMES), COM REGISTRO DE HIBRIDIZAÇÃO EM DIFERENTES
PONTOS DA BACIA AMAZÔNICA - Fernanda Andrade, Horacio Schneider, Izeni Farias, Eliana Feldberg & Iracilda Sampaio

quinta-feira, 26 de julho de 2012

jacupemba

 jacupemba (Penelope superciliaris)

Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Cracidae

 Os cracídeos são aves muito ameaçadas devido à caça ilegal e também pelo desmatamento. São muito importantes na alimentação
humana  e diversas espécies estão ameaçadas de extinção.
Jacupemba habita beira de mata, capoeiras, capões, caatinga e beira de rios e lagos. Ocorre do sul dos rios Amazonas e Madeira,
Brasil central, região Nordeste, Brasil médio-oriental até o Paraguai e o Rio Grande do Sul.
Se alimentam de flores, frutas, brotos e sementes.
São monógamos e os machos alimentam a fêmea durante o período reprodutivo. Nidificam em meio aos cipós, alto das árvores,
troncos caídos ou ramos sobre a água. Consta que P. superciliaris nidifica sobre rochas dentro da mata (Espírito Santo).
Colocam ovos grandes e brancos e aincubação da jacupemba é de cerca de 28 dias.A ninhada é de 2 a 3 filhotes, que pouco se
alimentam ao nascer, sobrevivendo das reservas de gordura corporal.
São comumente parasitados por nematóides que se alojam nos olhos do inquilino.
Possui aproximadamente 55 cm e 850 g.
Está fora de perigo de extinção.

Fontes:
Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org

terça-feira, 24 de julho de 2012

tiriba-fura-mata

tiriba-fura-mata (Pyrrhura melanura)

Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae

Um dos mais belos lifers que já consegui e foto de grande valor, as únicas postadas no site www.wikiaves.com até o momento.
Estava na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, estado do Amazonas, em uma área conhecida como Cacau, na beira do lago Amanã. No Cacau há uma casa e o proprietário cria alguns bois, carneiros e porcos, mas, exceto uma porção da área dominada por gramíneas, existem muitas árvores frutíferas, palmeiras e o entorno é de pura floresta amazônica.
Estamos no final da época do açaí-do-mato (Euterpe precatoria), mas açaí-do-pará (Euterpe oleracea) dá o ano todo. Ambas as espécies atraem muitas aves e os psitacídeos estão entre as principais. E foi em um pé de açaí que vi as tiribas, em um bando enorme, com mais de 30 indivíduos.
No geral P. melanura vive em grupos de 6 a 12 indivíduos, em uma grande variedade de hábitats, que vai desde florestas de altitude (até cerca de 2800m) às florestas inundadas de várzeas e igapós. Gosta de ambientes florestados, mas parece tolerar clareiras e áreas parcialmente desmatadas. Costumam ficar próximos a corpos d'água.
Utilizam árvores médias e altas, mas eventualmente descem à pequenas árvores e arbustos para se alimentarem. Comem sementes, frutas, castanhas e flores.
A época de reprodução varia de acordo com a localidade. A fêmea deposita cerca de 4 ovos, mas apenas 2 parecem vingar. O período de incubação é de aproximadamente 25 dias e os filhotes saem do ninho com cerca de 7 a 8 semanas.
Ocorrem da Colômbia e sul da Venezuela, ao sul do rio Negro, noroeste do Brasil e Equador e norte do Peru.
Possui cerca de 24 cm e pesa por volta de 83 g.
Está fora de perigo de extinção.

Fontes:

Parrots of the World - Joseph M. Forshaw & William T. Cooper
www.iucnredlist.org

terça-feira, 3 de julho de 2012

soim/ sagui-de-tufo-branco

soim/ sagui-de-tufo-branco  (Callithrix jacchus)

Classe: Mamíferos
Ordem: Primatas
Família: Callitrichidae


Espécie pertencente para alguns autores ao grupo "jacchus" que inclui espécies (C. aurita, C. flaviceps, C. geoffroyi,  C.jacchus, C. kuhlii e C. penicillata). Outros autores reconhecem esses animais como espécies separadas.
Possui tufos brancos nas orelhas e uma marca branca na testa. A cauda é escura com listras brancas. Medem entre 60 centímetros a 100 centímetros, incluindo a cauda. Pesam cerca de 500g.
São animais diurnos e arborícolas, mas eventualmente se locomovem no chão. A cauda não é preênsil.
A fêmea dá à luz a dois filhotes, um carregado por ela mesma e outro pelo macho ou algum subadulto do bando (que varia entre 2 a 13 indivíduos). Em geral há apenas uma fêmea reprodutiva por grupo.
Se alimentam de frutos, invertebrados, pequenos vertebrados, resinas de árvores, flores e até néctar e pólen.
Vivem em áreas de cerca de 35 hectares.
Ocorrem na região Nordeste do Brasil (foto à direita no Parque Nacional Serra da Capivara, estado do Piauí), do Maranhão ao Rio Grande do Norte e Alagoas. Também na porção leste de Tocantins. Vivem em matas secas, caatinga, florestas secundárias, florestas decíduas, parques e cidades. Foi introduzido em alguns estados, incluindo São Paulo (foto à esquerda, tirada no Pico do Jaraguá).
Espécie fora de perigo e de população estável.
Emmons & Feer - Neotropical Rainforest Mammals
Eisenberg & Redford - Mammals of the Neotropics

quinta-feira, 28 de junho de 2012

piru-piru

piru-piru (Haematopus palliatus)

Classe: aves
Ordem: Charadriiformes
Família: Haematopodidae
Os piru-pirus são aves marinhas encontradas da América do Norte à América do Sul, tanto no Oceano Atlântico quanto Pacífico.
Ocorrem apenas em ambientes costeiros,
principalmente praias e rochedos expostos à arrebentação.
Nidifica na costa brasileira. Deposita seus ovos na areia e os ovos são semelhantes ao das gaivotas.
Se alimenta de invertebrados como lamelibrânquios, cracas e gastrópodes.
Está fora de perigo e a população é considerada estável.

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
http://www.iucnredlist.org/

quarta-feira, 27 de junho de 2012

acará-açu - carauaçu

acará-açu (Astronotus ocellatus)

Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae

Porte médio, medindo até 35-40 cm.
Espécie sul-americana da Bacia Amazônica, incluindo as Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã.
Ocorre no Brasil, Peru, Colômbia e Guiana Francesa. Habita águas brancas, pretas e mistas. Prefere áreas com fundo arenoso, lamoso e com folhiço, normalmente próximo à galhadas e vegetação aquática.
Se alimenta de pequenos peixes, anelídeos e larvas de insetos.
Possui forte apelo comercial, sendo muito apreciado por aquarifilistas. É também vendido como alimento.
Ambas as fotos foram tiradas na RDS Mamirauá. A segunda foi em uma pescaria com turistas e o animal foi devolvido à água.
Fontes:
Peixes Ornamentais do Amanã - Hélder Lima de Queiróz, Alexandre Pucci Hercos e Henrique Lazarotto de Almeida

quinta-feira, 14 de junho de 2012

corrupião

corrupião (Icterus jamacaii)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Icteridae

Belíssima ave brasileira de cores vivas e canto muito melodioso. Ocorre do leste do Pará a São Paulo, incluindo Goiás e o litoral do nordeste ao sudeste.
Habita áreas secas abertas, bordas de floresta e clareiras.
É onívoro, se alimentando de frutos, sementes, flores, artrópodes e outros pequenos invertebrados.Pode se alimentar da seiva das flores do mandacaru (Cereus jamacaru).
Constrói ninhos, mas também rouba ninhos de outras aves. Não os parasita, pois choca os próprios ovos. A maturidade sexual é a partir dos 18 meses. Coloca de 2 a 3 ovos em cerca de 2 ninhadas por estação. O filhotes nascem após 2 semanas.

A espécie está fora de perigo.

A primeira foto e a segunda foram tiradas no Sítio do Mocó, entorno do Parque Nacional Serra da Capivara. A terceira foi dentro do Parna, na Cerâmica.

Fontes:

www.wikiaves.com.br