terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

japacanim

japacanim (Donacobius atricapillus)

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Donacobiidae

Ave típica de ambientes paludícolas, possui bela plumagem preta e amarela e cantoria fácil de se identificar.
Na época em que Helmut Sick escreveu Ornitologia Brasileira, o japacanim fazia parte da família Troglodytidae, a mesma das corruíras e uirapurus. A partir de 2006 foi proposta a nova família, Donabobiidae.
Habitam áreas com tabocas e juncos, brejos, ilhas fluviais, manguezais, áreas alagadas, buritizais, pantanais e áreas antrópicas. Fácil de se observar na beira da mata, embora, muitas vezes, ficam embrenhados no mato alto. É encontrado em altitudes com, no máximo, 1.600 metros.
Se alimenta de artrópodes.
Ocorre do Panamá à Bolivia e a Argentina e em quase todas as regiões do Brasil, exceto o extremo sul e parte do nordeste. Estima-se que a área de distribuição da espécie seja, em torno, de 8.630.000 km2. 
D. atricapillus está fora de perigo de extinção.
Ambas as fotos foram tiradas na RDS Mamirauá. à direita, um indivíduo em um bloco de vegetação flutuante e, à esquerda, um casal na margem do cano do lago Mamirauá.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.birdlife.org
http://www.museum.lsu.edu/~Remsen/SACCprop293.html

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

solta-asa-do-norte

solta-asa-do-norte (Hypocnemoides melanopogon)

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Thamnophilidae

Bonita espécie amazônica de papa-formiga, mede cerca de 11,5 centímetros. Se alimenta de pequenos artrópodes, muitas vezes seguindo formigas-de-correição. Se associa a bandos mistos. 
Habita matas-de-várzea, igapós, matas ripárias, ilhas fluviais, florestas paludosas amazônicas, buritizais, matas de galeria e caatingas amazônicas.
Ocorre no Equador, Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname, Peru e Brasil (norte do Mato Grosso a Roraima e no Pará, até a região de Belém).
É uma espécie fora de perigo de extinção e, embora a população esteja com tendência a diminuir, é considerada comum.
Há pouca informação sobre H. melanopogon.
A foto foi tirada na RDS Mamirauá, na época de cheia, dentro da floresta alagada.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

cágado

cágado - Trachemys d´orbigny

É a espécie de quelônio de água doce mais comum no Brasil. Ocorre também no Uruguai e na Argentina. São consideradas duas subespécies, essa do sul do Brasil e outra que ocorre no nordeste brasileiro (T. d. adiutrix).
As fêmeas são ligeiramente maiores do que os machos.
É ameaçada pelo comércio ilegal de animais, sendo a segunda espécie de réptil mais vendida. Além disso, é ameaçada por uma espécie de quelônio exótica, a Trachemys scripta. Outra ameaça é a coleta de ovos para consumo. No Brasil a espécie está reportada como fora de perigo, mas, na Argentina, está na categoria ameaçada.
Estudos mostram que T. d’orbigny se alimenta, principalmente, de plantas, moluscos e artrópodes.  É uma espécie generalista e oportunista. Os jovens são mais insetívoros do que os adultos e as fêmeas tem maior preferência por plantas.
Ambas as fotos foram tiradas na minha visita ao Rio Grande do Sul, em novembro do ano passado. A foto à direita, foi de um animal achado no meio de uma estrada de terra que dá acesso a uma das entradas do Parque Nacional Lagoa do Peixe; à esquerda, um animal em um banhado próximo à Lagoa dos Patos.

Fontes:
Dietary variation and overlap in D’Orbigny’s slider turtles Trachemys dorbigni (Duméril and Bibron 1835) (Testudines: Emydidae) – A. T. Hahn, C. A. Rosa, A. Bager, L. Krause.


Southernmost Localities of Trachemys dorbigni and First Record of Trachemys scripta elegans for Argentina (Cryptodira: Emydidae) - Leandro Alcalde, Natacha N. Derocco  , Sergio D. Rosset and Jorge D. Williams.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

logo-guará

lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
Classe: Mammalia

Ordem: Carnivora

Família: Canidae

Maior canídeo sul-americano, o lobo-guará possui cerca de 1,5 metro de comprimento, 90 centímetros de altura e 24 quilos. É facilmente reconhecível com suas longas e pretas pernas, longas orelhas e pelagem avermelhada.
Ocorre da Bolívia e Paraguai ao Brasil Central, nordeste do Brasil à região sul e argentina. Habita áreas abertas de cerrado, áreas alagadas, matas espinhosas e regiões de maiores altitudes, como a área do Caraça.
Sua reprodução ocorre entra abril e junho, sendo que a gestação dura, aproximadamente, 65 dias. Em média, da à cria a 2 filhotes. O cuidado parental é realizado apenas pela mãe.
São territorialistas e podem se reproduzir com o mesmo parceiro várias vezes na vida, embora, normalmente, apresentam comportamento solitário.
São onívoros. Consomem invertebrados, pequenos vertebrados (certa vez, no Pantanal, observei um lobo-guará caçando, dando pulos verticais sobre a vegetação densa rasteira, e pegando algum pequeno animal, supostamente algum roedor, e se alimentando) e frutos, especialmente a fruta-de-lobo (Solanum lycocarpum).
A espécie é considerada quase ameaçada, mas não há muitos dados sobre a tendência da população estar aumentando ou não. Já foi considerada vulnerável, um "grau" mais ameaçado do que é atualmente.
Essa foto foi tirada na Fazenda São Francisco, numa focagem noturna, com uma pequena câmera digital, de apenas 3 megapixels e um zoom bem fraquinho.

Fontes:

Mammals of the Neotropics – volume 3 – John F. Eisenberg e Kent H. Redford