quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dryas iulia


Dryas iulia

Classe: insecta
Ordem: lepidoptera
Família: nymphalidae

Espécie do Neotrópico, ocorre do sul dos Estados Unidos até o Uruguai e norte da Argentina, incluindo as Antilhas.
Habita preferencialmente locais perturbados, como clareiras, bordas de mata e matas secundárias. O indivíduo da foto estava na canoa motorizada da Pousada Uacari, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, quando navegavámos pelo canal do Apara.
O trabalho de Paim, A.C. mostra certo dimorfismo sexual, sendo os machos maiores do que as fêmeas. Os indivíduos maiores tem maior autonomia de vôo, percorrem maiores distâncias e assume-se que sejam mais hábeis na polinização das flores e podem ter maior capacidade para escapar de predadores.
Quando adulto se alimenta de néctar das flores e até de secreções produzidas por jacarés e suas larvas preferencialmente de passifloráceas, a família do maracujá.
Essa espécie parece ser impalatável para as aves.
Agradeço à professora Rosemary Vieira, da entomologia do Inpa, que identificou a foto para mim.

Fontes:

Paim, A.C.Polimorfismo enzimático e variação morfológica em uma população natural de Dryas iulia (Fabr. 1775) (Lepidoptera; Nymphalidae) 1995. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biociências, Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular.

Paim, A.C., Kaminski L. A., Moreira G. R. P. Morfologia externa dos estágios imaturos de heliconíneos neotropicais: IV. Dryas iulia alcionea (Lepidoptera, Nymphalidae, Heliconiinae). Iheringia, Sér. Zool. vol.94 no.1 Porto Alegre Mar. 2004

http://borboletasbr.blogspot.com/2011/01/um-pouco-sobre-dryas-iulia.html
http://tolweb.org/Dryas_iulia/70435
http://en.wikipedia.org/wiki/Dryas_iulia

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Iratauá-pequeno




Iratauá-pequeno (Chrysomus icterocephalus)

Classe: aves
Ordem: passeriformes
Família: icteridae

Essa lindíssima ave pertence à mesma família dos não menos belos japiins e japós. Espécie amazônica, ocorre ao longo do complexo Solimões-Amazonas, desde o sopé dos Andes até a foz. Ocorre também do Amapá à Colômbia e localizado na fronteira de Roraima com a Guiana.
Habita beira de rios e lagos, pântanos, áreas de várzea, áreas úmidas em geral e brejos. Todas as fotos foram tiradas próximo à Pousada Uacari, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, enquanto os animais "navegavam"junto à vegetação flutuante pelo cano do lago Mamirauá.
Provavelmente possuem hábitos alimentares semelhantes à outras espécies da família consistindo numa dieta onívora. Já observei (como na foto) esses animais comendo sementes de capim flutuante.
Seu ninho é uma cestinha aberta e tanto machos quanto fêmeas participam da construção dele.
O macho (última foto) é preto com o pescoço e cabeça amarelos brilhantes e a fêmea (primeira foto) olivácea, de cabeça também amarelada, porém mais clara. O indivíduo junto à fêmea na terceira foto é um macho sub-adulto.
Vivem em bandos.
A espécie se encontra fora de perigo.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
Aves do Brasil - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org






Foto ganhadora da seção "Primeiras fotos" do Avistar 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Dendropsophus leucophyllatus


Dendropsophus leucophyllatus

Classe: anphibia
Ordem: anura
Família: hylidae

Antiga Hyla leucophyllata.
Espécie amazônica, ocorre no oeste do estado do Amazonas, nas bacias do rio Negro e rio Solimões e do norte da Bolívia ao Equador e Colômbia, na divisa com o Brasil. Ambas as fotos foram tiradas dentro da Pousada Uacari, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
Possui hábitos noturnos e arborícolas, utilizando o sub-bosque de florestas primárias e secundárias, florestas alagáveis e bordas de mata.
Os ovos são depositados fora da água e os girinos se desenvolvem em pequenas poças de água.
Não há muita informação a respeito dessa espécie, mas os indivíduos que observei costumavam ficar perto da luz à procura dos insetos que caíam no chão ou na mesa embaixo das lâmpadas.
Existem duas formas apresentadas pela espécie, ambas mostradas nas duas fotos, mas infelizmente não consegui obter informações sobre isso.

Fontes:

www.iucnredlist.org
www.anphibiaweb.org

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mutum-de-penacho


Mutum-de-penacho (Crax fasciolata)

Classe: aves
Ordem: galliformes
Família: cracidae

Talvez o mutum mais comum no Brasil, Crax fasciolata é típica do Brasil Central, ocorrendo do norte da Argentina, regiões do Chaco e Corrientes, Paraguai até o norte da Bolívia e leste do Pará e Maranhão. Também vive no interior de São Paulo e de Minas Gerais.
Habita cerrados, campos limpos, buritizais, plantações, matas de galeria e fazendas. Ambas as fotos foram tiradas na Pousada Xaraés, Pantanal sul-matogrossense, Corumbá. O indivíduo da foto da direita sempre circulava pelo gramado da pousada, parecendo não se importar muito com a presença humana. A foto do casal da foto da direita estava na mata ciliar do rio Abobral.
O macho é preto com a barriga branca e a fêmea possui a barriga amarelada e as partes superiores carijó. Possui entre 77-80cm e entre 2,2-2,8kg.
Se alimenta preferencialmente de frutos, mas come flores também.
Dorme e nidifica em árvores e coloca 2 a 3 ovos de coloraçào amarelada. O período de incubação é de cerca de 30 dias e os filhotes acompanham os pais por bastante tempo, mas quando emancipam os pais os expulsam de seu território.
Os mutuns são considerados uma ótima carne de caça (independente da espécie até onde eu sei), portanto a grande ameaça a essa e outras espécies é a caça indiscriminada. Contudo é considerada ainda fora de perigo.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
Aves do Brasil - Tomas Sigrist
Iconografia das Aves do Brasil, volume 1 bioma Cerrado - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cervo-do-pantanal


Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus)

Classe: mammalia
Ordem: cetartiodactyla
Família: cervidae

Maior cervídeo da América do Sul é considerado ameaçado pela IUCN devido a grande perda de habitat e as populações continuam declinando. As principais ameaças são a conversão da vegetação em pastos e plantanções, as construçõs de usinas hidroelétricas e um pouco de atividades de caça.
Ocorre em algumas partes da América do Sul, principalmente a região do Pantanal brasileiro, boliviano e paraguaio. Consta que ocorre também no cerrado brasileiro, divisa amazônica do Peru e Bolívia, fronteira entre a Bolívia e Rondônia, região onde o rio da Prata deságua no oceano Atlântico e espalhado em poucas áreas do sul e sudeste do Brasil. Foi extinto no Uruguai.
Habita preferencialmente áreas inundáveis, como brejos, pântanos e beira de rios e lagos, sempre com alguma vegetação. As 3 fotos foram tiradas em regiões alagadiças, os chamados pirizais do Pantanal.
Costuma ser ativo ao longo do dia todo e é visto geralmente sozinho.
Se alimenta de plantas, como aguapés e capim, mas também come raízes e alguns frutos.
Aparentemente a reprodução ocorre ao longo do ano todo, mas a maior parte dos nascimentos é entre maio a setembro. A gestação dura cerca de 270 e o filhote vive cerca de 1 ano dependente da mãe.





As fotos 1 e 3 são dois machos adultos e a 2 é um jovem. Foram tiradas na Fazenda Nossa Senhora do Carmo, região de Corumbá/MS.

Fontes:

Mammals of the Neotropics, volume 3 - John F. Eisenberg e Kent H. Redford
www.iucnredlist.org

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Rolinha-caldo-de-feijão


Rolinha-caldo-de-feijão (Columbina talpacoti)

Classe: aves
Ordem: columbiformes
Família: columbidae

Ave das mais comuns no país, talvez a rolinha mais conhecida.
Ocorre do norte da Argentina ao México e em todo o Brasil. Não vive a oeste dos Andes. Também é encontrada nas Antilhas Holandesas, Aruba, Trinidad e Tobago e muito localmente no sul dos EUA.
Habita paisagens abertas e semiabertas, como plantações, bordas de mata, brejos e cidades.
Costuma alimentar-se no solo e assim como as outras pombas é granívora e frugívora.
Nidifica no solo e coloca 2 ovos brancos. A incubação dura 12 ou 13 dias. Podem reproduzir durante o ano todo. Os filhotes permanecem no ninho e são alimentados com "leite de papo" uma massa composta pelo epitélio digestivo do papo rico principalmente em gordura, mas com alto teor de proteínas também.
Está fora de perigo.
Esta foto foi tirada no Jardim Botânico de São Paulo.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
Complete Birds of North America - National Geographic
www.iucnredlist.org

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Jacaré-açu - Mais fotos

Mais algumas fotos de jacaré-açu (Melanosuchus niger) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

As quatro primeiras fotos foram tiradas na seca de 2009, dentro do lago Mamirauá.
As duas últimas são na área ao redor da Pousada Uacari.






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mocó


Mocó (Kerodon rupestris)

Classe: mammalia
Ordem: rodentia
Família: caviidae

Roedor de médio porte chega a pesar por volta de 1 kg. Como os outros membros da família possui a cauda muito reduzida.
Espécie endêmica do Brasil, ocorrendo na região Nordeste e uma parte de Minas Gerais. Vai do sudeste do Maranhão, Ceará e todos os outros estados da região, porém não é encontrado no litoral leste. Típico da caatinga. Habita locais secos, montanhosos com vegetação xerofítica, como as duas fotos mostradas, tiradas na trilha Desfiladeiro da Capivara, no Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí. São ótimos escaladores.
Se alimenta de folhas.
A gestação dura aproximadamente 75 dias e dá à luz a 1 ou 2 filhotes e pode procriar até 3 vezes por ano.
É muito comum no Parna Serra da Capivara e vemos sempre amontoados de fezes desses animais próximos às cavidades das serras e maciços, onde eles se refugiam.
É considerado fora de perigo, mas é caçado pelas populações locais.

Fontes:Link

Mammals of the Neotropics - Enseinberg & Redford
www.iucnredlist.org

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tuiuiú

Tuiuiú (Jabiru mycteria)

Classe: aves
Ordem: ciconiiformes
Família: ciconiidae

Belíssimo animal é a maior ave voadora do Brasil. Possui mais de 1 metro de altura, envergadura de aproximadamente 2,5m e chega a pesar 8kg.
A cabeça e o pescoço são nus e o colar vermelho é uma região altamente irrigada por vasos sanguíneos que altera de tonalidade dependendo do grau de excitação ao atividade do animal.
Por vezes observamos grandes bandos desses animais, especialmente na época de vazante e seca no Pantanal, momento esse em que os peixes estão aprisionados em poças rasas, sendo alvo fácil de predadores como tuiuiús, outras cegonhas e garças. Normalmente esse fenômeno dura poucos dias, pois as aves acabam com todo o recurso e movem-se para outro local.
O tuiuiú se alimenta preferivelmente de peixes, destaque para o muçum (Synbranchus sp.), pequenos jacarés, cobras, anuros e alguns invertebrados.
Nidifica em árvores altas, como as piúvas (Tabebuia sp) no Pantanal. A segunda e a terceira fotos mostram dois ninhos na região do Abobral, Corumbá/MS. O tuiuiú ás vezes utiliza o mesmo ninho em cada período de reprodução, aumentando com galhos sempre. Encontramos ninhos de caturrita (Myiopsitt monachus) associados aos de J. mycteria. O casal cuida de 2 a 3 filhotes.
A última foto é um filhote que achei no chão, após um forte temporal ter derrubado o ninho inteiro. Criei o animal por cerca de 3 meses, quando já possuía o "colar" avermelhado. Depois disso o pessoal da Pousada Xaraés terminou de cuidar até ele ficar independente.
Não costumam produzir nenhum som à exceção do bater de bicos.
Fazem termorregulação urinando nas pernas o que provoca um refrescar imediato com a evaporação da urina.


Habita margens de rios (como a terceira foto, tirada no arquipélago de Mariaú - o maior arquipélago fluvial do mundo - rio Negro, Barcelos/AM), lagos, campos úmidos e áreas abertas. Ocorre do México à Argentina, por quase todo o Brasil, excetuando-se parte dasa regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Aparece como visitante no Panamá, Granada, Uruguai, EUA e Trinidad e Togabo.
É considerada uma espécie fora de perigo.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.fishbase.org

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bufo granulosus


Bufo granulosus

Classe: anfíbios
Ordem: anura
Família: bufonidae

As fotos foram tiradas na Reserva Adolpho Ducke, Manaus/AM, quando os animais se encontravam dentro de recipientes cheios de água no meio do gramado. Havia aproximadamente uns 5 indivíduos no mesmo local, sendo que uns 3 vocalizavam. Essa espécie é muito comum na região do alojamento da Reserva.
Ocorre em praticamente todo o Brasil, norte da Argentina, Paraguai, leste e norte da Bolívia, Guianas, Suriname, Venezuela, partes da Colômbia e Panamá.
Habita áreas abertas, matas de galeria, cerrados e florestas.
As fêmeas são um pouco maiores que os machos (80-90 mm e 60-70 mm respectivamente) e as glândulas paratóides, situadas atrás dos olhos, não são muito evidentes.
Possuem hábitos terrestres e noturnos e durante o dia costumam se esconder em buracos no solo. Se reproduzem em poças e pelo ano todo, mas preferencialmente na estação chuvosa. Depositam cerca de 1000 ovos e o tempo de desenvolvimento dos girinos é de aproximadamente 1 mês.
Se alimentam de insetos, como formigas e cupins.
Está fora de perigo.

Fontes:

Guia de Sapos da Reserva Florestal Adolpho Ducke, Amazônia Central - Albertina P. Lima, William E. Magnunson, Marcelo Menin, Luciana K. Erdtmann, Domingos J. Rodrigues, Claudia Keller e Walter Hödl - Inpa

www.iucnredlist.org

domingo, 11 de dezembro de 2011

Papa-formigas-vermelho


Papa-formigas-vermelho (Formicivora rufa)

Classe: aves
Ordem: passeriformes
Família: thamnophilidae

Ave da família de aves insetívoras em que muitas espécies costumam seguir formigas-de-correição (daí os nomes "papa-formigas", "formigueiros") à procura dos animais que são espantados por esses insetos, principalmente invertebrados.
F.rufa é bem inquieta, fica sempre pulando nos galhos e muitas vezes escondido por entre as ramagens, mas é uma espécie que habita bordas de mata, evitando o interior de matas mais altas. Ambas as fotos foram tiradas na beira do rio Abobral, pantanal sul-matogrossense, Pousada Xaraés, região de Corumbá/MS. Os 2 indivíduos estavam em um arbusto isolado.
Apresenta dimorfismo sexual (fêmea foto da esquerda e macho da direita). Ambos os pais cuidam na construção do ninho e do cuidado com a prole. Em outras espécies da família a incubação varia de 14 a18 dias e os filhotes deixam os ninhos entre 9 a 18 dias.
Ocorre na Bolívia, Paraguai, Peru, Suriname e no Brasil em regiões campestres da Amazônia, Nordeste e do Centro-oeste até o Rio de Janeiro e Paraná.
E espécie é considerada fora de perigo.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.wikiaves.com.br
www.iucnredlist.org

sábado, 19 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Borboleta - Leopard-spotted Beauty


Baeotus deucalion

Classe: insecta
Ordem: lepidoptera
Família: nymphalidae

Quem me mostrou essa borboleta foi meu amigo e guia de Mamirauá Raimundo. As fotos, uma da face dorsal e outra da face ventral, foram tiradas na Pousada Uacari, na RDS Mamirauá.
É muito difícil achar informações sobre insetos em geral e mais especificamente sobre algumas espécies. Nesse caso, só posso fornecer algumas coisas bem gerais.
Borboletas tem um aparelho bucal sugador. Alimentam-se preferencialmente de néctar. São importantes polinizadores e sua beleza atrai pessoas do mundo todo para observá-las.

Fontes:

Rupert & Barnes. Zoologia dos invertebrados

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Parauacu

Parauacu (Pithecia pithecia)

Classe: mamíferos
Ordem: primatas
Família: cebidae

Nunca tinha visto essa espécie nas minhas andanças (poucas) pela Amazônia e ontem, fazendo um passeio pelo Bosque da Ciência, no Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), durante minha hora de almoço (ontem foi feriado e eu tive aula!!!), tive a chance de observar um grupo de parauacu. Deu pra chegar pertinho, mas as fotos deixaram um pouco a desejar.
O grupo que observei tinha por volta de uns 5-6 indivíduos e só vi uma fêmea. A literatura diz que esses animais vivem em grupos de 1 a 4 indivíduos. Normalmente os grupos são pares de adultos com o filhote, mas Lehman et al. 2001 colocam algumas dúvidas acerca do comportamento monógamo de P. pithecia.
Esses macacos se alimentam basicamente de frutos e sementes, porém também folhas e insetos em menor quantidade. Dá para observar na primeira foto que eles possuem dentes grandes e fortes o que o ajudam a quebrar sementes duras, o que os torna predadores de sementes. Desse modo não são bons dispersores.
Vivem em florestas primárias de terra firme, próximas aos rios, densas ou até mesmo matas secundárias e com certo distúrbio.
Ocorre no centro-norte da Amazônia, acima do rio Amazonas, incluindo, além do Brasil, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela.
Está fora de perigo.

Fontes:

Lehman, S. M, Prince, W., Mayor, M. 2001. Variations in group size in white-faced sakis (Pithecia pithecia): evidence for monogamy or seasonal congregations?

www.iucnredlist.org

Emmons, L. H. Neotropical rainforest mammals. 1999, 2ª ed. University of Chicago Press

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Andorinha-do-campo, Andorinha-azul e Andorinha-do-sul



Andorinhas

Classe: aves
Ordem: passeriformes
Família: hirundinidae

Sensacional união de aves migratórias que ocorre em Tefé e outras cidades da Amazônia. Curiosamente essas andorinhas gostam de pernoitar em frente à termoelétricas, como é o caso das fotos, tiradas em Tefé/AM. Nas duas primeiras fotos podemos observar apenas Progne tapera e Progne subis. Ambas as fotografias são de março, período que P. subis ainda está na Amazônia, vindo do hemisfério norte. Nas outras duas fotos (em agosto) ocorre ainda uma terceira espécie, Progne elegans, que migra do sul do continente americano. Não posso garantir que alguns indivíduos sejam residentes de Tefé, mas eu observei os animais nos postes de luz ao longo do ano todo.
Andorinhas são insetívoras e se alimentam em pleno vôo.
Progne tapera ocorre no Brasil e em toda a América do Sul, Panamá, Porto Rico e Estados Unidos; P. subis ocorre do Canadá à Argentina, passando pelas Antilhas. Consta que chega eventualmente até o Reino Unido; e P. elegans vive do Uruguai, Argentina, passando pelo Brasil, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia e Panamá.
Todas as 3 espécies estão fora de perigo.
Link
Fontes:

www.wikiaves.com.br
www.iucnredlist.org

domingo, 13 de novembro de 2011

Tucano


Tucano (Ramphastos toco)

Classe: aves
Ordem: piciformes
Família: ramphastidae

Um dos símbolos da avifauna brasileira, animal que todo mundo aprecia e objeto de desejo para os turistas estrangeiros que visitam nosso país. O tucano ou tucanuçu é a maior espécie da família e é um animal relativamente comum. Prefere áreas abertas, cerrados, caatingas, ilhas fluviais, matas de galeria, pastos e até cidades. Nunca observei esse animal em mata fechada, onde parece dificilmente estar, mas já vi em embaubais (conjunto de Cecropia sp) próximos aos rios Solimões e Japurá.
Tem uma dieta bem diversificada, em que se alimenta se frutos e sementes, mas também de insetos, ninhegos e ovos de outras aves. É comum observar pequenos pássaros perseguindo ou espantando esses tucanos das redondezas.
Nidifica em barrancos ou ocos de árvores e coloca de 2 a 4 ovos. Podem ser presas de macacos (que atacam os ninhos) ou gaviões.
Algumas vezes observamos R. toco sozinhos, mas também podemos vê-los em bandos com certa frequência. Já observei no Pantanal e na Amazônia grupos de até 10 indivíduos.
Ocorre em grande parte do Brasil, da Argentina até as Guinas e Suriname e Peru.
Está fora de perigo.
As 3 fotos foram tiradas no Pantanal sul-matogrossense, região de Corumbá/MS, fazenda Xaraés e Nossa Senhora do Carmo. Na segunda foto o animal estava comendo frutos de carandá (Copernicia alba).
Fontes:

Sick, H. 1997. Ornitologia Brasileira
Sigrist, T. de A. 2006. Aves do Brasil - uma visão artística

www.wikiaves.com.br
www.iucnredlist.org

sábado, 5 de novembro de 2011

Quati






Quati (Nasua nasua)

Classe: mamíferos
Ordem: carnivora
Família: procyonidae

Animal curioso, vive em bandos de fêmeas e jovens enquanto os machos viajam sozinhos. Costumam andar muito no solo, onde forrageiam à procura de sementes, frutos, invertebrados e até pequenos vertebrados, mas quando ameaçados ou na hora de descansar, sobem em árvores. Entretano, em um estudo feito no Parque Estadual Carlos Botelho grande parte do forrageamento é feita nas árvores, onde buscam bromélias epífitas (Beisiegel 2001). São diurnos. Quando dão à luz, as fêmeas deixam o grupo e criam os filhotes em ninhos feitos em árvores.
Vive em diferentes tipos de habitats, desde aqueles florestais até campos limpos e sujos, inclusive matas de galeria e ciliares.
Vivem em grande parte da América do Sul, do Uruguai até as Guianas e grande parte do Brasil, incluindo os biomas Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Amazônia. Foi introduzido no Chile. Consta que é "praga" na região de Foz de Iguaçu, onde rouba comida das pessoas que visitam a área.
A espécie é considerada fora de perigo.
Todas as fotos foram tiradas na região do Pantanal do Abobral. A segunda foi na mata ciliar do rio Abobral, fazenda Nossa Senhora de Fátima e as outras em capões da fazenda Nossa Senhora do Carmo.

fontes:

www.iucnredlist.org

Emmons, L. H. Neotropical Rainforest Mammals, 2ª ed. Chicago Press.
Beisiegel, B. M. Notes on the Coati, Nasua nasua (Carnivora: Procyonidae) in an Atlantic Forest area. Brazilian Journal of Biology, 61 (4) 2001.

domingo, 30 de outubro de 2011

Mãe-da-lua






























Mãe-da-lua (Nyctibius grandis)

Classe: aves
Ordem: Caprimulgiformes
Família: Nyctibiidae

Ave de hábitos noturnos muito interessante, possui quase 1 metro de envergadura e uma boca enorme que a ajuda a capturar grandes insetos voadores.
Frequenta diversos tipos de hábitats, como florestas úmidas e secas, cerrados, caatinga, matas de galeria, fazendas e normalmente fica na borda.
Ocorre do México e Belize até o Paraguai e quase todo o Brasil.
Está fora de perigo segundo a IUCN.
As duas primeiras fotos fotos foram tiradas no Pantanal, na região de Corumbá-MS. A primeira foi à noite, quando a ave estava pousada na trave do campinho de futebol da Pousada Xaraés e a segunda, de dia, no final da trilha Capão do Bugio, fazenda Nossa Senhora do Carmo cujo dono é o mesmo da Xaraés. A terceira foi no lago Mamirauá dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Nessa região os moradores locais conhecem essa espécie como urutaua.

Fontes:

www.wikiaves.com.br
www.iucnredlist.org