terça-feira, 27 de janeiro de 2015

flamingo-chileno

flamingo-chileno (Phoenicopterus chilensis)
Classe: Aves
Ordem: Phoenicopteriformes
Família: Phoenicopteridae

Ave longilínea, com grandes pernas e coloração chamativa. O bico é curvado para baixo e possui lâminas que ajudam na ingestão, por filtração, de plâncton. Há pouco dimorfismo sexual, sendo distinguível pelo tamanho, pois a fêmea é menor.
Se alimenta de pequenos animais como larvas de insetos, moluscos e crustáceos. Também come algas. Sua coloração rósea é devida a carotenoides presentes em sua dieta, especialmente canthaxanthin, astaxanthin e phoenicotaxanthin.
Nidificam no chão, em lagoas rasas e próximas ao mar, mas não ovipõe diretamente no solo, mas em cima de um cone construído com esse propósito. Coloca apenas um ovo, grande, que possui a gema vermelha, devido a presença de astaxantina. Os filhotes são alimentados pelos pais até cerca de 2 meses de idade.
O flamingo-chileno possui cerca de 105 centímetros. Ocorre na América do Sul, até a Terra do Fogo. Habita áreas costeiras, estuários, lagoas e lagos salgados até cerca de 4.500 metros de altitude. No Brasil o local mais comum de encontrá-lo é no Rio Grande do Sul, no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (onde as fotos foram tiradas).
A espécie está quase ameaçada e a população, estimada em cerca de 300.000 indivíduos, está em declínio. As principais ameaças são a coleta dos ovos (Bolívia), destruição das áreas de nidificação devido ao uso da água para irrigação (Argentina), mineração, que compromete o habitat da espécie, caça e distúrbios relativos ao turismo. Está no apêndice II da CITES.

Fontes:


Ornitologia Brasileira – Helmut Sick

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

maracanã-de-colar

Maracanã-de-colar (Primolius auricolis)
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae

Bonita espécie de psitacídeo, distinguível pelo colar amarelo na nuca. Chega a 40 centímetros de comprimento e pesa cerca de 250 gramas.
Assim como outras espécies da família, P. auricollis se alimenta de frutos e sementes.
Ocorre do Mato Grosso ao Paraguai, Bolívia e Argentina. Habita capões, áreas agrícolas, matas secas, áreas com carandás (Copernicia alba) e matas de galeria.
A espécie está fora de perigo de extinção e a população está em crescimento.
As fotos foram tiradas na região da Pousada Xaraés, Pantanal sul-matogrossense, município de Corumbá.


Fontes:

Ornitologia Brasileira – Helmut Sick

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Opsiphanes invirae

Opsiphanes invirae

Classe: Insecta

Ordem: Lepdoptera

Família: Nymphalidae

Essa é a lagarta da borboleta. A foto do adulto eu não tenho.
As asas são marrons escuras, com uma grande listra alaranjada. Quando de asas fechadas, notam-se 3 ocelos, sendo um maior na porção mais central. Também apresenta coloração marrom, com linhas pretas e tons carijós.
O. invirae é uma espécie florestal, embora também possa ocorrer em ambientes antropizados. Habita florestas primárias e secundárias, no sub-bosque e no dossel.
Ocorre na Bolivia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru.
Os adultos se alimentam de frutas podres (Famílias Musaceae, Heliconiaceae e Palmae) e as larvas de folhas de diferentes plantas, incluindo palmeiras. A espécie apresenta comportamento crepuscular.
A foto foi tirada no campus da UFAM, em Manaus.

Fontes:
http://www.amazonian-butterflies.net/

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Phyllostomus hastatus

Morcego – Phyllostomus hastatus
Classe: Mammalia

Ordem: Chiroptera

Família: Phyllostomidae

Phyllostomus hastatus é a terceira maior espécie de morcego do Brasil e a maior espécie do gênero, medindo entre 104 a 153 mm (cabeça à cauda) e pesando entre 64 e 112 g. Possui duas colorações diferentes, preta e avermelhada, um caso de polimorfismo genético.
Ocorre de Honduras até a Bolívia e em quase todos os estados do Brasil, exceto a região Sul. Provavelmente não habita altas altitudes, tolerando até cerca de 1400 metros.
Vive em diversos habitat, como florestas decíduas, áreas antropizadas, mas com vegetação (jardins e plantações), matas de galeria, matas secas, florestas primárias e secundárias.
Se alimenta de uma grande variedade de itens, incluindo frutos, pequenos vertebrados (lagartos, roedores e outros morcegos) e grandes insetos (besouros, cigarras e esperanças). A espécie se especializou em se alimentar de frutas penduradas de trepadeiras, mas também forrageia acima do dossel. O tipo de alimentação e a quantidade de cada item presente na dieta depende muito do habitat e da região que o animal ocorre. 
Faz tocas em cavernas, edifícios e palmeiras. Vivem em colônias que podem ser pequenas, mas também muito grandes, com centenas de indivíduos. Machos defendem grupos de fêmeas e formam haréns, que chegam a algumas dezenas de fêmeas.
A maturidade sexual das fêmeas é por volta dos 16 meses de idade e os filhotes são mantidos em “colônias-maternidade” enquanto estão amamentando.
A foto foi tirada na Pousada Uacari, RDS Mamirauá. Os animais ficam alojados no forro de um dos flutuantes. A identificação da espécie foi feita pelo meu amigo Gerson Paulino, do Instituto Mamirauá.
Está fora de perigo de extinção.

Fontes:

Neotropical Rainforest Mammals – Louise H. Emmons and François Feer

Mammals of the Neotropics – volume 3 – John F. Eisenberg e Kent H. Redford
Morcegos do Brasil – Nelio R. dos Reis, Adriano L. Peracchi, Wagner, A. Pedro, Isaac P. de Lima.