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terça-feira, 4 de abril de 2017

rabo-branco-amarelo

rabo-branco-amarelo (Phaethornis philippi)

Classe: Aves

Ordem: Apodiformes

Família: Trochilidae

Sempre difícil de identificar as espécies desse gênero. O canto é um grande diferencial, mas às vezes nem dá tempo de ouvir direito. E beija-flores, sabe como são, muito rápidos, muitas vezes complicado de observá-los com precisão.

Espécie amazônica, ao sul do Solimões. Além do Brasil, também ocorre na Bolívia e no Peru.

O ninho de P. philippi, como os de seus congêneres, possui forma cônica, com um adorno pendurado que pode ter a função de contrapeso. É feito de material macio, como alguns tipos de paina e outros materiais vegetais. São suspensos nas faces interiores de folhas de palmeiras, samambaias, etc.

Se alimenta de néctar, mas também pode caçar pequenos artrópodes.


A foto foi tirada no Ramal da Paz, no 12 km da Estrada da Emade, em Tefé.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

flamingo-chileno

flamingo-chileno (Phoenicopterus chilensis)
Classe: Aves
Ordem: Phoenicopteriformes
Família: Phoenicopteridae

Ave longilínea, com grandes pernas e coloração chamativa. O bico é curvado para baixo e possui lâminas que ajudam na ingestão, por filtração, de plâncton. Há pouco dimorfismo sexual, sendo distinguível pelo tamanho, pois a fêmea é menor.
Se alimenta de pequenos animais como larvas de insetos, moluscos e crustáceos. Também come algas. Sua coloração rósea é devida a carotenoides presentes em sua dieta, especialmente canthaxanthin, astaxanthin e phoenicotaxanthin.
Nidificam no chão, em lagoas rasas e próximas ao mar, mas não ovipõe diretamente no solo, mas em cima de um cone construído com esse propósito. Coloca apenas um ovo, grande, que possui a gema vermelha, devido a presença de astaxantina. Os filhotes são alimentados pelos pais até cerca de 2 meses de idade.
O flamingo-chileno possui cerca de 105 centímetros. Ocorre na América do Sul, até a Terra do Fogo. Habita áreas costeiras, estuários, lagoas e lagos salgados até cerca de 4.500 metros de altitude. No Brasil o local mais comum de encontrá-lo é no Rio Grande do Sul, no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (onde as fotos foram tiradas).
A espécie está quase ameaçada e a população, estimada em cerca de 300.000 indivíduos, está em declínio. As principais ameaças são a coleta dos ovos (Bolívia), destruição das áreas de nidificação devido ao uso da água para irrigação (Argentina), mineração, que compromete o habitat da espécie, caça e distúrbios relativos ao turismo. Está no apêndice II da CITES.

Fontes:


Ornitologia Brasileira – Helmut Sick

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

papa-piri

papa-piri (Tachuris rubigastra)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tachurididae

Lindíssima espécie da região do sul do Brasil e do centro-oeste da América do Sul.
Bem pequenina, medindo cerca de 11 centímetros, se alimenta de insetos. O adulto é muito colorido, possuindo oito cores diferentes, mas o jovem é preto e branco.
Ave paludícola (que habita pântanos), mas ocorre, também, em capinzais, banhados e brejos. Na foto a ave encontra-se empoleirada em um junco (Juncus sp.).
Vive em casais e é muito ativa. Voa baixo no meio da vegetação. Responde muito bem ao playback. Constrói seu ninho, em forma de taça, no meio do juncal ou taboal e coloca 3 a 4 ovos.
Essa foto foi tirada na orla da Lagoa dos Patos, município de Mostardas/RS. Foi um belo lifer que consegui.
Não está ameaçada de extinção.

Fontes:

Aves do Brasil - Uma visão artística - Tomas Sigrist
www.wikiaves.com.br

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

maitaca-de-cabeça-azul

maitaca-de-cabeça-azul (Pionus menstruus)

Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae

Pionus deriva do grego, pionos (gordo) e do latim, menstruus (mestrual), significando algo como "ave gorda com o crisso vermelho" (as penas subcaudais são vermelhas).
É a espécie substituta de Pionus maximiliani no centro norte do Brasil, ocorrendo de Goiás a Roraima, da Bolívia à Costa Rica, Venezuela à Guiana Francesa. Não ocorre nos Andes e a oeste deles. Vive em florestas de terra firme, matas primárias e secundárias e em áreas urbanas arborizadas (como alguns pontos de Tefé. Minha casa e o Instituto Mamirauá, com bastante árvore e próximos a um contínuo de florestas).
Vivem em bandos, e eu tenho o prazer de ver alguns, semanalmente, procurando açaí no quintal de casa, em Tefé. Sua dieta é essencialmente frugívora, mas aprecia, também, néctar, sementes e flores. É encontrada nos barreiros para se alimentar de terra, cuja função parece ser de neutralização de toxinas.
Vive nas copas e faz seus ninhos em ocos de árvores, assim como os outros psitacídeos. A fêmea coloca 3 a 4 ovos por estação.
A espécie está fora de perigo, mas a população está diminuindo.

Fontes:

Aves do Brasil - Tomas Sigrist
http://www.wikiaves.com.br/maitaca-de-cabeca-azul
www.iucnredlist.org
Para ouvir o som: http://www.xeno-canto.org/species/Pionus-menstruus

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

verão

verão/príncipe (Pyrocephalus rubinus

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae

Bela espécie, macho de cor vermelho vivo, fêmea e macho jovem acizentados.
Durante a época de reprodução, durante a primavera, canta até de madrugada e no crepúsculo. O ninho é em forma de uma tigela chata, com bastante revestimento. A fêmea deposita entre 4 a 5 ovos.
Ocorre do sul dos Estados Unidos e México a Argentina e Bolívia, Galápagos e todo o Brasil. Habita regiões campestres, cerrados, campos, áreas abertas, praias de rio, jardins e parques. Não adentra em áreas densamente florestadas. Durante o inverno, nas áreas mais ao sul, migra para o norte da América do Sul, chegando até o Pantanal e a Amazônia.
Se alimenta de insetos e de modo característico, voando do poleiro para capturar a presa e retornando ao mesmo local.

Ambas as fotos (macho à direita e fêmea à esquerda) foram tiradas na Fazenda Nossa Senhora do Carmo, propriedade da Pousada Xaraés, município de Corumbá/MS, Pantanal.
Está fora de perigo de extinção.

Fontes

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.wikiaves.com.br

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

fogo-apagou

fogo apagou (Columbina squammata)

Classe: Aves
Ordem: Columbiformes
Família: Columbidae

Possui cerca de 19 cm. O nome fogo-apagou deriva do canto, cujo som onomatopéico se assemelha a "fogo-apagou".
Ocorre na Venezuela e Colômbia e do Brasil Central ao Nordeste e Sul e norte da Argentina, Paraguai e sudeste da Bolívia (região do Pantanal).
Forrageiam no solo e se alimentam de frutos e sementes. Assim como as outras pombas, ingerem os grãos inteiros e não os quebram, se tornando importantes dispersores de sementes.
Em situações agonísticas levantam as asas para o adversário. Se consideram o inimigo mais fraco, a asa levantanda é aquela voltada para ele. Se o adversário é mais forte, levanta a do lado oposto, como um gesto de submissão. Muitas vezes levanta ambas as asas e sinal de confusão.
Vivem em casais ou em pequenos grupos. Fazem seus ninhos ou utilizam ninhos abandonados. O macho é que leva o material para fazer o ninho. A fêmea deposita 2 ovos e o casal choca, sendo que o macho fica do final da manhã até cerca das 16 horas e a fêmea fica no outro turno. O período de incubação é de cerca de 14 dias. Os filhotes abandonam o ninho com 15 dias.
Os filhotes são alimentados pelos pais com o chamado "leite de papo", uma massa composta pelo epitélio digestivo do  papo dos pais. Esse "leite" é rico em gordura (25-30%), proteínas (10-15%) e lecitina (5%).
A espécie está fora de perigo.



Fontes:
Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2012

tiriba-fura-mata

tiriba-fura-mata (Pyrrhura melanura)

Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae

Um dos mais belos lifers que já consegui e foto de grande valor, as únicas postadas no site www.wikiaves.com até o momento.
Estava na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, estado do Amazonas, em uma área conhecida como Cacau, na beira do lago Amanã. No Cacau há uma casa e o proprietário cria alguns bois, carneiros e porcos, mas, exceto uma porção da área dominada por gramíneas, existem muitas árvores frutíferas, palmeiras e o entorno é de pura floresta amazônica.
Estamos no final da época do açaí-do-mato (Euterpe precatoria), mas açaí-do-pará (Euterpe oleracea) dá o ano todo. Ambas as espécies atraem muitas aves e os psitacídeos estão entre as principais. E foi em um pé de açaí que vi as tiribas, em um bando enorme, com mais de 30 indivíduos.
No geral P. melanura vive em grupos de 6 a 12 indivíduos, em uma grande variedade de hábitats, que vai desde florestas de altitude (até cerca de 2800m) às florestas inundadas de várzeas e igapós. Gosta de ambientes florestados, mas parece tolerar clareiras e áreas parcialmente desmatadas. Costumam ficar próximos a corpos d'água.
Utilizam árvores médias e altas, mas eventualmente descem à pequenas árvores e arbustos para se alimentarem. Comem sementes, frutas, castanhas e flores.
A época de reprodução varia de acordo com a localidade. A fêmea deposita cerca de 4 ovos, mas apenas 2 parecem vingar. O período de incubação é de aproximadamente 25 dias e os filhotes saem do ninho com cerca de 7 a 8 semanas.
Ocorrem da Colômbia e sul da Venezuela, ao sul do rio Negro, noroeste do Brasil e Equador e norte do Peru.
Possui cerca de 24 cm e pesa por volta de 83 g.
Está fora de perigo de extinção.

Fontes:

Parrots of the World - Joseph M. Forshaw & William T. Cooper
www.iucnredlist.org