segunda-feira, 17 de setembro de 2012

veado-catingueiro

veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) - Gray Brocket Deer - Venado

Classe: Mammalia
Ordem: Cetartiodactyla
Família: Cervidae

Comprimento total: 90-1250 cm; peso: 11-25 kg
São parecidos com o veado-mateiro (M. americana), que são maiores e são mais avermelhados.
Ocorre nas Américas Central e do Sul. Do Panamá ao Uruguai, a leste dos Andes.
Habita diversos tipos de hábitats, desde áreas abertas como Chaco Paraguaio, Pantanal e Cerrado, à floresta mais fechada como na Mata Altântica e Amazônia, embora sejam mais raros nesses ambientes.
É um animal de hábitos diurnos e noturnos, terrestre e solitário, embora seja observado também em pares. As mães cuidam dos filhotes por algumas semanas. A gestação dura cerca de 270 dias. Os filhotes nascem com pintas brancas.
Se alimentam de frutos, flores, folhas e raízes.
Está fora de perigo de extinção, mas a população está em declínio, principalmente pelo aumento da urbanização.
As duas fotos são da região da pousada Xaraés, pantanal sul-matogrossense.


Fontes:


Neotropical Rainforest Mammals - Louise Emmons & François Feer
Mammals of the Neotropics - John Eisenberg & Kent Redford
www.iucnredlist.org


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

reloginho

reloginho (Todirostrum cinereum)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae

Segundo o Comitê de Classificação da América do Sul, as espécies do gênero Todirostrum ainda pertencem à família Tyrannidae, mas para o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos são classificadas como Rhynchocyclidae, embora Incertae sedis.
Pequena espécie com cerca de 8-9 cm. Ocorre do México ao Paraguai, incluindo as Guianas e Suriname e em todas as regiões do Brasil, até o sul do Mato Grosso do Sul e Paraná. Habita matas ralas, bordas de mata, restinga, quintais e também nas copas das árvores, sempre em ambientes mais abertos.
Se alimentam de artrópodes. São muito ativos, sempre buscando alimento entre as folhagens da copa e até próximo ao chão.
Durante o cortejo, o macho joga a cauda para os lados quando persegue a fêmea. O ninho é fechado em forma de uma bolsa suspensa, com entrada lateral e protegida por alpendre. A reprodução ocorre entre julho e novembro.
É uma espécie fora de perigo de extinção e sua população está aumentando.
Essa foto foi tirada no campus da ESALQ (Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiróz), na cidade de Piracicaba/SP.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.museum.lsu.edu/~Remsen/SACCBaseline08.html
http://www.wikiaves.com.br/ferreirinho-relogio

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

acará-boari

acará-boari (Mesonauta insignis)

Classe: Actynopeterygii
Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae

Ocorre em rios de água branca, preta mista. Muito comum de observar no entorno da Pousada Uacari durante os perídos de vazante e seca. É mais comum em áreas de várzea. Habita lagos, igarapés e paranãs.
M. insignis é uma espécie da América do Sul, que ocorre na bacia do rio Amazonas, alto Rio Negro e na Venezuela e Colômbia, na região do rio Orinoco.
Pode chegar a 14 cm de tamanho e a primeira reprodução se dá a partir dos 6 cm. Na RDS Amanã a reproduçaõ se dá entre outubro e fevereiro e as fêmeas podem liberar até 610 ovócitos.
Prefere locais com fundo lamoso e lodos e em áreas cobertas por folhiço.
É uma espécie com importante apelo comercial, sendo vendida a um valor razoável como peixe ornamental.

Fontes:

Peixes Ornamentais do Amanã - Alexandre Hercos, Helder Queiróz e Henrique
Lazzarotto.
www.fishbase.org

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

saí-amarelo

saí-amarelo (Dacnis flaviventer)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thraupidae

Possui cerca de 11 cm. O macho é amarelo e preto, com o alto da cabeça verde e a fêmea é pardo-esverdeada e de barriga acizentada. Ambos possuem o olho vermelho. Belíssima espécie amazônica. Habita a beira da rios e lagos em áreas mais arborizadas, mas também em capoeiras e clareiras próximas à árvores esparsas. O indivíduo da foto estava em uma ilha no rio Negro. Ocorre do alto Amazonas ao rio Negro, Bolívia e norte do Mato Grosso.
Se alimentam de pequenos frutos, pedaços de frutas maiores, folhas, botões, néctar, pólen e pequenos insetos.
Aos 10 meses de idade ficam maduros. A ninhada é de 2 a 3 ovos e são até 3 ninhadas por estação. Após 13 dias os filhotes nascem.
Estão fora de perigo de extinção, mas a população está em declínio.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br

terça-feira, 11 de setembro de 2012

quatipuru

quatipuru (Sciurus igniventris)

Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Sciuridae

Possui entre 46-56 cm, mas a cauda é cerca de metade do comprimento total.
Pesa entre 500-900 g.
É muito semelhante com a espécie S. spadiceus, que ocorre ao sul do rio Solimões. Diferenciam-se morfologicamente pela ausência de marcas alaranjadas atrás das orelhas e pela ausência de laranja em cima dos pés em S. igniventris.
Ocorre ao norte do rio Solimões, abrangendo toda região a oeste do rio Negro
no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru. Habita florestas tropicais até 3300 m de altitude, mas prefere áreas mais baixas.
São animais diurnos. Se locomovem no chão, mas são preferencialmente arborícolas.
Podem ser vistos sozinhos, mas é bastante comum observá-los aos casais.
Se alimentam se frutos, sementes e coquinhos.
Está fora de perigo, mas não se sabe se a população está estável ou diminuindo. O desmatamento é a principal ameaça à espécie.
Ambas as fotos foram tiradas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, estado do Amazonas, Brasil. 

Fontes:

Neotropical Rainforest Mammals - Louise Emmons & François Feer
Mammals of the Neotropics - John Eisenberg & Kent Redford
                                                                                    www.iucnredlist.org

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

fogo-apagou

fogo apagou (Columbina squammata)

Classe: Aves
Ordem: Columbiformes
Família: Columbidae

Possui cerca de 19 cm. O nome fogo-apagou deriva do canto, cujo som onomatopéico se assemelha a "fogo-apagou".
Ocorre na Venezuela e Colômbia e do Brasil Central ao Nordeste e Sul e norte da Argentina, Paraguai e sudeste da Bolívia (região do Pantanal).
Forrageiam no solo e se alimentam de frutos e sementes. Assim como as outras pombas, ingerem os grãos inteiros e não os quebram, se tornando importantes dispersores de sementes.
Em situações agonísticas levantam as asas para o adversário. Se consideram o inimigo mais fraco, a asa levantanda é aquela voltada para ele. Se o adversário é mais forte, levanta a do lado oposto, como um gesto de submissão. Muitas vezes levanta ambas as asas e sinal de confusão.
Vivem em casais ou em pequenos grupos. Fazem seus ninhos ou utilizam ninhos abandonados. O macho é que leva o material para fazer o ninho. A fêmea deposita 2 ovos e o casal choca, sendo que o macho fica do final da manhã até cerca das 16 horas e a fêmea fica no outro turno. O período de incubação é de cerca de 14 dias. Os filhotes abandonam o ninho com 15 dias.
Os filhotes são alimentados pelos pais com o chamado "leite de papo", uma massa composta pelo epitélio digestivo do  papo dos pais. Esse "leite" é rico em gordura (25-30%), proteínas (10-15%) e lecitina (5%).
A espécie está fora de perigo.



Fontes:
Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br