gavião-carijó (Rupornis magnirostris)
Classe: Aves
Ordem: Accipitriformes
Família: Accipitridae
É o gavião mais comum no Brasil. Pelo que tenho observado, a forma amazônica é mais acizentada, enquanto que os indivíduos do centro-sul do Brasil possuem tonalidade mais amarronzada. É uma ave de rapina de médio porte, com 31-42cm de tamanho e 250-300g em peso. As fêmeas são um pouco maiores do que os machos. R. magnirostris possuem penas produtoras de pó (powderdown feathers). São estruturas que se desintegram, formando uma camada de pó, que impermeabiliza a plumagem ajudando na proteção dela.
Ocorre em grande parte da América do Sul, exceto o Chile, sul da Argentina e algumas áreas a oeste dos Andes. Vive no Brasil inteiro. Também na América Central e litoral mexicano.
Habita zonas rurais, pastos, fazendas, cidades, beiras de estradas, plantações (eucalipitais também), capoeiras, cerrados, caatingas, beiras de rios e lagos, mas muito dificilmente no interior da mata.
É um animal oportunista e generalista. Se alimenta de lagartos, cobras, pererecas, sapos, ratos, pequenas aves e seus ninhos, morcegos e artrópodes. Pode seguir formigas-de-correição e incêndios, procurando os animais que fogem desesperados. Costuma empoleirar-se me mourões de cercas, postes e árvores para espreitar suas presas.
Voa alto muitas vezes, aproveitando-se das correntes térmicas.
Vive em casais e constróem os ninhos em árvores de copa fechada ou no topo de árvores grandes. Deposita cerca de 2 ovos, que são incubados pela fêmea. Durante esse período, que dura aproximadamente 1 mês, o macho alimenta a fêmea.
Está fora de perigo de extinção e sua população vem aumentando, beneficiada pelo desmatamento.
A foto à direita é da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, região do lago Mamirauá; a foto à esquerda é na área da Pousada Xaraés, pantanal sul-matogrossense.
Fontes:
Iconografia das Aves do Brasil. Bioma Cerrado - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br
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