quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Canário-da-terra


Canário-da-terra (Sicalis flaveola)

Classe: aves
Ordem: passeriformes
Família: emberezidae

Estava assistindo SPTV hoje e uma das reportagens foi sobre a apreensão em São Paulo de centenas de canarinhos que vinham transportados em gaiola do interior do Estado. Procurei a notícia nos sites da Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e da Globo.com, mas não consegui achá-la para divulgar aqui. O tráfico de animais - e canários-da-terra são um dos mais procurados - é comum, mas a imprensa não divulga como necessário. Então o bicho de hoje é nosso bonitinho e simpático canarinho.
Embora seja muito caçado, principalmente porque seu canto é bastante melodioso, o canário-da-terra está fora de perigo de extinção, ao menos por enquanto. Isso se deve ao fato da espécie ocorrer em uma área bem ampla no continente americano, se estendendo do Uruguai à Bolívia e no Brasil do Rio Grande do Sul ao oeste do Mato Grosso e até o Maranhão, incluindo as ilhas do litoral de São Paulo e Rio de Janeiro. Há populações disjuntas no oeste do Peru e Equador, no norte da América do Sul, entre a Guiana Francesa e a Colômbia e nas Antilhas Holandesas, Aruba, Ihas Caiman, Porto Rico e Trinidad e Tobago. A espécie foi introduzida nos EUA, Jamaica e Cuba.
Habita áreas abertas e semi-abertas, campos sujos, campos limpos, pastos, caatingas, plantações e fazendas. Podem ser prejudiciais aos arrozais, uma vez que se alimentam em bandos desse grão.
O macho é amarelo escuro, com estrias pretas nas asas e as fêmeas são pardo-oliváceas. Possuem cerca de 13-14cm.
Se alimenta de sementes.
Costuma nidificar (o ninho é uma cestinha) em buracos ou cavidades naturais, ninhos de joão-de-barro (Furnarius rufus) ou ninhos de gravetos de outros furnarídeos. Podem nidificar em caixas ou bambus perfurados e até mesmo em caveiras de boi. Podem chocar até 3 vezes no ano. Quando da época de reprodução vivem em casais e durante o acasalamento o macho canta no seu território a partir de locais elevados.
As 3 fotos foram tiradas de lugares diferentes: a primeira foi no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a segunda na cidade de Itacarambi/MG no Vale do Peruaçu e a última na Fazenda Xaraés, no município de Corumbá/MS - Pantanal.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
Aves do Brasil - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org

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