quinta-feira, 10 de maio de 2018

tico-tico-de-bico-amarelo


Tico-tico-de-bico-amarelo (Arremon flavirotris)


Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Passerellidae

Bonita avezinha de bico amarelo e máscara negra. Possui cerca de 16 centímetros.

O nome Arremon vem do grego, “silencioso” e flavirostris significa “bico amarelo” (flavus = amarelo e rostris = bico).

Ocorre na região central do Brasil, de Minas Gerais ao oeste do Mato Grosso, passando por São Paulo e Paraná. Também no Paraguai, norte da Argentina, leste da Bolívia e populações desconectadas na costa leste dos Andes da Bolívia a Argentina.

Habita o estrato baixo da vegetação, em matas secas, carrascais e matas mesófilas.
Como outras espécies da família, se alimenta de sementes, preferencialmente gramíneas, mas também podem comer insetos.

Seu ninho é construído no solo. Quando predadores são atraídos, os despistam das cercanias do ninho.

Está fora de perigo de extinção.

A foto foi tirada na Estância Mimosa, município de Bonito/MS.

Fontes:

www.wikiaves.com

www.iucnredlist.org

www.birdlife.org

Aves do Brasil - uma Visão Artística - Tomas Sigrist


quarta-feira, 9 de maio de 2018

tiriba-fogo


tiriba-fogo (Pyrrhura devillei)

Classe: Aves

Ordem: Psittaciformes

Família: Psittacidae

Seu nome deriva do grego purrhos, que significa cor da chama do fogo e ouros, que significa cauda. Devillei é homenagem ao naturalista francês Émile Deville.

Espécie de periquito de distribuição muito restrita. Ocorre na região central do Mato Grosso do Sul e no nordeste do Paraguai. Substitui P. frontalis.

Habita matas secas e o chaco paraguaio.

Se alimenta de frutos e sementes, como outras espécies do gênero. Sua dieta também consiste em castanhas, flores e néctar.

A espécie é considerada quase ameaçada, principalmente pela fragmentação do habitat, devido à agricultura e produção de carvão.
As fotografias foram tiradas na fazenda Estância Mimosa, em Bonito/MS.

Fontes:

www.birdlife.org

www.iucnredlist.org

www.wikiaves.com.br



segunda-feira, 7 de maio de 2018

lagartixa-da-mata

lagartixa-da-mata (Gonatodes humeralis)
G. humeralis fotografado em um quintal arborizado no município de Tefé.

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Família: Sphaerodactylidae

Pequeno lagarto colorido, bem bonito de ampla distribuição na Amazônia. Ocorre também no Brasil Central, Pantanal e até algumas ilhas como Trinidad e Tobago. Em algumas regiões ocorre em simpatria com outras espécies do gênero, como G. annularis, G. concinnatus, G. tapajonicus, G. hasemani (espécie bem semelhante, mas que ocupa substratos mais altos) e G. nascimentoi.

Foto tirada na Casa do Baré, uma base
de campo na Reserva de Desenvolvimento
Sustentável Amanã. 
A espécie é diurna, considerada não heliotérmica, ou seja, não se expõe ao sol para aumentar a sua temperatura corporal. É arborícola, mas normalmente ocupa as partes inferiores dos troncos das árvores e galhos mais baixos. Habita florestas primárias, secundárias e ambientes antrópicos, muitas vezes em matas de galeria e próximos a cursos d'água.

É ovíparo e os machos são maiores do que as fêmeas. Os ninhos costumam ter grande quantidade de ovos, sugerindo duas possibilidades: as fêmeas desovam várias vezes no mesmo lugar ou muitas fêmeas utilizam o mesmo ninho. Depositam apenas um ovo por vez.

Se alimentam de minhocas, larvas de insetos, cupins e homópteros. Por outro lado, também podem ser alimento de alguns animais, como cobras.

Está fora de perigo de extinção.

Fontes:

Guia de Lagartos da Reserva Adolpho Ducke - Amazônia Central - Laurie Vitt, William E. Magnusson, Teresa Cristina Ávila Pires e Albertina Pimentel Lima.

Indivíduo fotografado em uma trilha, próxima a um
igarapé na comunidade São Francisco do Arraia,
no lago Tefé.
http://reptile-database.reptarium.cz/species?genus=Gonatodes&species=humeralis

http://www.mvc.unb.br/pesquisa/especies/conheca-as-especies/jag/45-sphaerodactylidae/119-lagartixa-da-mata


segunda-feira, 2 de abril de 2018

Ancyluris aulestes


Ancyluris aulestes

Ordem: Lepidoptera

Família: Riodinidae

Bonita espécie de borboleta, com vibrante coloração vermelha na asa, que contrasta bastante com o preto. Aparentemente a espécie é associada a ambientes preservados. Espécie florestal, habita áreas com altitude entre 200 e 1000 metros e também próximas a cursos d’água.

Ocorre no Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Suriname e Venezuela.


Os adultos se alimentam de néctar ou minerais do solo e beiras de rio e as larvas plantas das famílias Melastomataceae e Euphorbiaceae. Interessante que as larvas apresentam comportamento gregário, vivendo em pequenos grupos e até canibalismo.


Ambas as fotos foram tiradas em Tefé, em áreas de terra firme.

Fontes:

http://www.learnaboutbutterflies.com

terça-feira, 20 de março de 2018

tatu-galinha


Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)

Classe: Mammalia

Ordem: Cingulata

Família: Dasypodidae

Tatu com cerca de 0,5 a um metro de comprimento. O peso varia entre 2,7 a 6,3 quilos.

A espécie possui comportamento diurno e noturno e a variação pode depender da época do ano e da temperatura. Das vezes eu já vi a espécie, na Amazônia, mas, principalmente, no Pantanal, foram durante o dia.

É a espécie de tatu com a maior distribuição. Ocorre do sul dos Estados Unidos ao Uruguai, incluindo ilhas caribenhas, como Trinidad e Tobago, Grenada e Margarita.

Habita áreas florestais, com vegetação densa e também áreas alagáveis.

Se alimenta de insetos e suas larvas, mas também de plantas e pequenos vertebrados. Sua dieta é bastante variada.

Possui a visão muito fraca, compensada pelo olfato muito apurado. É pelo faro que consegue localizar suas presas. Também possui garras muito fortes, utilizadas para achar presas e cavar os seus buracos.

A gestação é de, aproximadamente, 70 dias. Da à luz a quatro filhotes idênticos.

Está fora de perigo de extinção, mas é bastante caçada para consumo. Dizem que a carne é muito boa. Mesmo assim, a população parece estável.

Fontes:

Mammals of the Neotropics - John Einsenberg e Kent Redford

Neotropical Rainforest Mammals - Louise Emmons e François Feer





domingo, 4 de março de 2018

rendadinho


Rendadinho (Willisornis poecilinotus)

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Thamnophilidae

Espécie amazônica de terra firme, mas também próximas a cursos d’água, em matas ribeirinhas. No Brasil, ocorre do Mato Grosso a Roraima, oeste do Pará e Amapá. Nos países vizinhos, ocorre da Bolívia ao Equador, Colômbia a Guiana Francesa.

Seu nome científico significa Pássaro rendado de Willis (Willisornis = homenagem ao ornitólogo Dr. Edwin O. Willis; ornis é pássaro em grego e poecilinotus = rendado, manchado).

Os machos possuem barriga cinza e dorso preto manchados de listras e pontos brancos e as fêmeas são ferrugíneas, também com pontos brancos.

Seguem formigas-de-correição e bandos mistos. Se alimentam de insetos e outros artrópodes, como os demais membros da família.São tidos como “profissionais” como seguidores de correições.


A foto da direita foi tirada na comunidade Bom Jesus, pertencente à Floresta Nacional de Tefé e a outra em um ramal, na Estrada da Emade, ambos no município de Tefé, Amazonas. As duas fotos são em áreas de terra firme.


Está fora de perigo de extinção.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick

Aves do Brasil - Uma Visão Artística - Tomas Sigrist

www.wikiaves.com

www.birdlife.com

www.xeno-canto.org

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

papa-formiga-barrado

Papa-formiga-barrado (Cymbilaimus lineatus)

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Thamnophilidae

Espécie grande de papa-formiga (16 a 18 centímetros), característica pelos olhos vermelhos e corpo listrado. O macho é negro, listrado de branco (foto da esquerda) e a fêmea parda, listrada de preto (foto da direita).

Habita estratos médios da floresta, em bordas de matas densas e florestas úmidas da Amazônia. 
Ocorre das Guianas e Venezuela até a Bolívia. No Brasil, do norte do Mato Grosso ao leste do Pará e Amazonas inteiro.
Assim como outras espécies da família se alimenta de insetos, mas não costuma seguir formigas-de-correição. Também captura grandes artrópodes e pequenos vertebrados.

As duas foto foram tiradas em Tefé/AM, em ramais da Estrada da Emade, onde há fragmentos de terra firme bem preservados, entremeados com roças de mandioca e pequenas comunidades.

Para ouvir o som da espécie, consultar o link: https://www.xeno-canto.org/species/Cymbilaimus-lineatus


Está fora de perigo de extinção.


Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick

Aves do Brasil, uma visão artística - Tomas Sigrist


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

vespa-amassa-barro

Vespa –amassa-barro (Sceliphron cf fistularium)
Classe: Insecta

Ordem: Hymenoptera

Família: Sphecidae


Pelas pesquisas que fiz, trata-se da espécie Sceliphron fistularium. São seis espécies do gênero que ocorrem em regiões tropicais, duas que ocorrem no Brasil (S.fistularium e S. asiaticum).

De toda a forma, vamos falar um pouco amplamente sobre o gênero. Esse animal é bem interessante e é bastante legal observar o seu comportamento. As duas fotos foram tiradas em Tefé, em casa. Uma delas, na janela do meu quarto.

Faz os ninhos com lama e vai montando, câmara por câmara. Antes de construir a próxima, prende a presa na câmara anterior. Normalmente sua principal presa são aranhas.

Comparando S. fistularium com S. asiaticum, nota-se que a segunda habita áreas mais secas, mas ambas possuem grande distribuição, que vai desde a América Central até a o sul da América do Sul (S. asiaticum ocorre em regiões mais meridionais).

Também há algumas diferenças quanto a construção dos ninhos. S. asiaticum constrói seu ninho em câmaras paralelas ao substrato, enquanto que, em S. fistularius, o ninho parece mais adaptado a galhos ou raízes penduradas.


Outra diferença é quanto às presas. S. fistularium procura mais aranhas dos gêneros Gasteracantha e Micrathena, que não foram encontradas na outra espécie de vespa.

Fontes:

An observation of the parasitoid Melittobia australica Girault (Hymenoptera: Eulophidae) and its host, the solitary wasp Sceliphron asiaticum (Linnaeus) (Hymenoptera: Sphecidae) – 2014 – Entomologica Americana - Leonardo S. CarvalhoMarcus Vinicius O. Bevilaqua, Ranyse B. Quirino

The comparative distribution and population dynamics in Trinidad of Sceliphron fistularium (Dahlbom) and S. asiuticurn (L.) (Hymenoptera: Sphecidae) - B. E. Freeman - Biological Journal ofthe Linnean Sociely (1982)