segunda-feira, 20 de junho de 2016

sucuri-amarela

sucuri-amarela (Eunectes notaeus)

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Família: Boidae

As sucuris são as maiores serpentes da América do Sul e entre as maiores do mundo. A sucuri-amarela, embora seja bem grande, é menor do que a sucuri-verde (E. murinus). As fêmeas da espécie são maiores do que os machos, podendo atingir 4 metros de comprimento e 30 kg.

Ocorre na bacia do rio Paraguai, desde o Pantanal (Bolívia, Brasil e Paraguai) até o nordeste da Argentina e Uruguai.

Habitam áreas alagadas, como brejos, pântanos e rios e canais onde a água é mais calma. Avançam para áreas mais secas, como florestas e campos, durante épocas de estiagem ou para caçar animais maiores.

É vivípara, ou seja, não ovipõe, mas da à luz filhotes (os ovos ficam internos). A gestação dura 6 meses. Algumas informações dão conta de que o período de reprodução é em abril e maio, mas isso pode mudar de acordo com a região.  A maturação sexual é a partir do terceiro ou quarto ano de vida (vivem entre 15 a 20 anos).

É um animal carnívoro, predando por constrição. Alimentam-se de mamíferos de médio porte, como veados e capivaras, aves, peixes e, principalmente, jacarés. Certa vez presenciei uma pequena sucuri-amarela enrolada em um jacaré-do-pantanal (Caiman crocodilus) de tamanho mediano. Ficou assim por cerca de uma hora (não sei dizer por quanto tempo já estava enrolada), desistindo depois. A fotografia foi tirada na mesma região, Fazenda Xaraés, pantanal sul-matogrossense, quando atravessava o gramado em frente à Pousada Xaraés.

Uma sucuri adulta não possui predadores naturais, mas, quando jovem, é presa de jacarés, canídeos, teiús e outras sucuris. O ser-humano é a grande ameaça à espécie, que já foi enormemente explorada pelo valor da sua pele. Milhares de indivíduos eram caçados, décadas atrás, para o comércio internacional de peles.  Atualmente a caça de sucuris é proibida internacionalmente, mas a espécie se encontra ameaçada.

Fontes:


Conservation biology of the yellow anaconda (Eunectes notaeus) in northeastern Argentina – Tomas Waller, Patricio Alejandro Minucci e Ernesto Alvarenga.

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