flamingo-chileno (Phoenicopterus chilensis)
Classe:
Aves
Ordem:
Phoenicopteriformes
Família:
Phoenicopteridae
Ave
longilínea, com grandes pernas e coloração chamativa. O bico é curvado para
baixo e possui lâminas que ajudam na ingestão, por filtração, de plâncton. Há
pouco dimorfismo sexual, sendo distinguível pelo tamanho, pois a fêmea é menor.
Se
alimenta de pequenos animais como larvas de insetos, moluscos e crustáceos.
Também come algas. Sua coloração rósea é devida a carotenoides presentes em sua
dieta, especialmente canthaxanthin, astaxanthin e phoenicotaxanthin.
Nidificam
no chão, em lagoas rasas e próximas ao mar, mas não ovipõe diretamente no solo,
mas em cima de um cone construído com esse propósito. Coloca apenas um ovo,
grande, que possui a gema vermelha, devido a presença de astaxantina. Os
filhotes são alimentados pelos pais até cerca de 2 meses de idade.
O
flamingo-chileno possui cerca de 105 centímetros. Ocorre na América do Sul, até
a Terra do Fogo. Habita áreas costeiras, estuários, lagoas e lagos salgados até cerca de 4.500 metros de altitude. No Brasil o local mais comum de encontrá-lo é no Rio Grande do
Sul, no Parque Nacional da Lagoa do Peixe (onde as fotos foram tiradas).
A espécie está quase ameaçada e a população, estimada em cerca de 300.000 indivíduos, está em declínio. As principais ameaças são a coleta dos ovos (Bolívia), destruição das áreas de nidificação devido ao uso da água para irrigação (Argentina), mineração, que compromete o habitat da espécie, caça e distúrbios relativos ao turismo. Está no apêndice II da CITES.
Fontes:
Ornitologia Brasileira – Helmut Sick