Mostrando postagens com marcador Amazon. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amazon. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Temenis laothoe

Temenis laothoe
Classe: Insetos

Ordem: Lepdoptera

Família: Nymphalidae

Cada vez mais tenho vontade de tirar fotos de borboletas e mariposas (Butterflywatching?), mas é muito difícil achar informações sobre ambas. Mariposas, então, nem se fala. Até descobrir qual a espécie é complicado. A grande maioria das identificações de lepdopteros que tenho agradeço à professora  Dra. Rosamary Vieira e ao Dr. Márcio Uehara.

Não é diferente com a Temenis laothoe, espécie tropical, cuja distribuição inclui Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Guiana Francesa, Costa Rica, El Salvador, Honduras e México.

Habita áreas florestais. A foto foi tirada na margem de um igarapé bem longe da cidade de Tefé (cerca de 15 km de estrada de asfalto, mais uns 5 km mata adentro), mas próximo a comunidades e roçados.

Adultos se alimentam de néctar e plantas em decomposição. Dentre as plantas hospedeiras das 
lagartas, estão algumas das famílias Malpighiaceae e Sapindaceae.

Fontes:


http://www.amazonian-butterflies.net

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

cuxiú

cuxiú (Chiropotes chiropotes)

Classe : Mammalia

Ordem: Primatas

Família: Cebidae

Macaco de aparência bastante extravagante, mas muito bonito. Possui dois tufos de pelos no topo da cabeça e uma “barba” proeminente. A cauda, não-preênsil, é bastante peluda.

Possui entre 2,6 a 3,2 quilos. Os machos são maiores do que as fêmeas e possuem caninos também maiores. O comprimento, considerando a cauda, é entre 750 cm a 930 cm.

Distribui-se ao norte dos rio Negro e Amazonas, no Brasil às Guianas, Suriname e Venezuela. 

Habita florestas de terra firme.

Formam grandes grupos, com mais de 40 indivíduos, que se dividem em grupos menores durante o forrageamento.

A dieta é basicamente herbívora, composta de frutos, sementes, flores e outras partes das plantas, mas pode complementar sua alimentação com artrópodes.

Está fora de perigo de extinção e sua população é considerada estável.

A fotografia foi tirada na Reserva Florestal Adolpho Ducke, uma área protegida, de 10.000 hectares, em Manaus.

Fontes:


www.iucnredlist.org 

Mammals of the Neotropics (The Central Neotropics) - John Eisenberg e Kent Redford

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

perereca-touro

perereca-touro (Osteocephalus taurinus)



Classe: Anphibia
Ordem: Anura
Família: Hylidae

Espécie cuja fêmea é maior do que o macho (90-101 mm x 71-92 mm, respectivamente). Fêmeas possuem o dorso liso e os machos o dorso granuloso.
Ocorre na Bacia Amazônica, em ambas as Guianas e no Suriname. Também ocorre em áreas de cerrado no Maranhão e Mato Grosso.
Habitam florestas tropicais/equatoriais primárias e secundárias e matas de galeria no cerrado. Não vivem acima dos 1250 metros de altitude. São arborícolas e noturnos. Podem se empoleirar em até 40 metros de altura nas árvores, mas também sentados na beira de poços d'água.
Se reproduzem no ano todo, mas, preferencialmente, durante o início da época de chuvas. Durante esse período, grupos vocalizam próximos a corpos d'água. Depositam cerca de 2000 ovos, diretamente na água.
O. taurinus emitem cantos de agonia, quando atacados por um predador. Falando nisso, foi esse canto que nos chamou a atenção (Barthira e eu) durante uma pausa em uma caminhada. Fomos checar e vimos a cobra abocanhando esse indivíduo. Isso ocorreu no ramal 007, da Estrada da Emade, em Tefé.
Considerado fora de perigo de extinção.
O canto da espécie pode ser acessado aqui: https://ppbio.inpa.gov.br/sites/default/files//Osteocephalus%20taurinus%20WAVE.wav

Fontes:

Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke - Albertina P. Lima, William Magnusson, Marcelo Menin, Luciana Erdtmann, Domingos Rodrigues, Claudia Keller e Walter Hodl.
http://www.iucnredlist.org/

sábado, 12 de setembro de 2015

iraúna-velada

iraúna-velada (Lampropsar tanagrinus)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Icteridae

Não há muita informação sobre espécie. Toda negra, com cauda comprida e cerca de 23 centímetros. Ocorre em parte da Amazônia brasileira (Amazonas, Rondônia, Acre e Mato Grosso), Bolívia, Peru e Equador e outra população, disjunta, na Venezuela e Guiana. Sua área de distribuição é de, aproximadamente, 2.420.000 km2. Sempre ligado aos cursos d'água.
Provavelmente como outras espécies da família, possui uma alimentação diversificada entre frutos e insetos. Na foto, o indivíduo de L. tanagrinus está com uma lagarta no bico.
Vive em bandos. Esse indivíduo estava junto com, mais ou menos, outros 5 indivíduos, na trilha do Rato, na RDS Mamirauá.
Não é endêmica de nenhum país e nem é migrante.
A espécie está fora de perigo de extinção e sua população é considerada estável.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.birdlife.com

sábado, 8 de agosto de 2015

anambé-una

Anambé-una (Querula purpurata)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Cotingidae

Belíssima aves amazônica, de cor preta e garganta roxa. A primeira vez que vi essa espécie foi na trilha do Rato, na RDS Mamirauá, na companhia do Raimundo, meu amigo e supervisor dos guias locais da Pousada Uacari. Assobiando, ele conseguiu atraí-la para perto de nós, ainda assim, na copa da árvore. Depois tive o privilégio de ver mais algumas vezes. A foto foi tirada na mesma trilha do Rato, mas na época de cheia, portanto, muito mais próximo da copa.
Seu nome significa "pássaro barulhento (melancólico) roxo". Vem do latim, em que, querula significa barulhento / melancólico e purpurata, significa, roxo.
Andam aos casais ou pequenos grupos, habitando a mata alta. Se alimenta de frutos e insetos.
Os machos se associam em em grupos, exibindo-se e cantando em "arenas".
Ocorre no Brasil, norte da Bolívia à Colômbia, Venezuela à Guiana Francesa e, do outro lado dos Andes, do Equador a Costa Rica.
Está fora de perigo de extinção, mas a destruição de seu habitat é uma grande ameaça à espécie.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.wikiaves.com.br
www.iucnredlist.org

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Borboleta - Tigridia acesta

Tigridia acesta

Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae

Borboleta neotropical, única representante do gênero, mas com 10 subespécies reconhecidas.
Embora possa ser encontrada no dossel, prefere ficar no sub-bosque, onde é mais úmido e sombreado, normalmente nos troncos das árvores, de cabeça para baixo. Prefere florestas primárias, mas também é encontrada em matas secundárias. Não passa de locais com altitudes superiores a 1500 metros.
Ocorre no Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Costa Rica e México.
As larvas de T. acesta se alimenta de embaúbas (Cecropia sp.), plantas da família Moraceae (como Ficus sp.) e Sterculiaceae (Theobroma sp. - cacau e cupuaçu). Os adultos se alimentam de frutas podres e fermentadas e excretas de animais.
A foto foi tirada no interior da Pousada Uacari, na RDS Mamirauá.

Fontes:

http://www.amazonian-butterflies.net/
http://www.learnaboutbutterflies.com/

quinta-feira, 6 de junho de 2013

cobra-cega

Amphisbaena fuliginosa

Classe: Répteis
Ordem: Squamata
Família: Amphisbaenidae

Embora pareça uma serpente, pois não possui patas, a Amphisbaena é um lagarto. Possui entre 35 a 50 cm, com um registro de um indivíduo de 55,5 cm. Os olhos são rudimentares, modificação relacionada ao seu hábito fossorial (permanecem a maior parte do tempo sob o folhiço ou outros objetos).
Ocorre na América do Sul, até o norte do Panamá. Sua distribuição é principalmente amazônica, mas também ocorre em áreas de mata atlântica do Nordeste e um registro para o estado de Goiás, no bioma cerrado.
Em um estudo com outros indivíduos do mesmo gênero, os principais itens alimentares consumidos foram nematóides e insetos de variadas famílias e espécies, como besouros, cupins e formigas.
O indivíduo da foto foi encontrado na Universidade Federal do Amazonas, Manaus.

Fontes:

New record of Amphisbaena fuliginosa (Squamata, Amphisbaenidae) for the Cerrado Biome, in an area of extensive cattle ranching - Frederico Gemesio Lemos & Katia Gomes Facure. - Biota Neotropica.
A second note on the geographical differentiation of Amphisbaena fuliginosa L., 1758 (Squamata, Amphisbaenidae), with a consideration of the forest refuge model of speciation - Paulo Vanzolini - Anais da Academia Brasileira de Ciências.
Notas sobre os Amphisbaenia (Reptilia, Squamata) da microrregião de Feira de Santana, Estado da Bahia, Brasil. José Duarte de Barros Filho. 
Guia de largatos da RFAD - Laurie Vitt, William Magnusson, Teresa Cristina Ávila Pires, Albertina Pimentel Lima.

 

quarta-feira, 27 de março de 2013

escorpião

escorpião (Tityus metuendus)

Classe: Arachnida
Ordem: Scorpiones
Família: Buthidae

Tamanho: 7 a 9 cm.
Espécie amazônica, dos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Acre e no Peru.
Os escorpiões são vivíparos, ou seja, dão à luz a filhotes e não ovos. Um estudo com uma fêmea proveniente da região de Iquitos, Peru, mostrou a ocorrência de arrenotoquia (minha tradução livre do inglês), uma forma de partenogênese (crescimento e desenvolvimento de um embrião, sem a fertilização) em que origina apenas machos. O gênero Tityus tem uma gestação de cerca de três meses.
Escorpiões são predadores, se alimentando, principalmente, de outros invertebrados, mas também de pequenos vertebrados. São terrestres e, em sua maioria, noturnos. Podem ser nocivos aos humanos, mas dificilmente letais a uma pessoa saudável. Os sintomas de uma ferroada de T. metuendus são dor local, queimação, hiperemia (aumento da quantidade de sangue em um determinado local) e edema. Pode levar a problemas cardiovasculares, respiratórios e neurológicos.
O indivíduo da foto foi encontrado no campus da Universidade Federal do Amazonas, em Manaus.

Fontes:

Reproduction in scorpions, with special reference to parthenogenesis. - Wilson R. Lourenço. European Arachnology, 2000.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_escorpioes_web.pdf
http://www.cit.ufam.edu.br/prevencao/animais/escorpioes.htm

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

bico-de-pato

bico-de-pato (Sorubim lima)

Classe: Actinopterygii
Ordem: Siluriformes
Família: Pimelodidae

Peixe de água doce, encontrado na América do Sul, nas bacias dos rios Paraná, Parnaíba, Amazonas e Orinoco.
Costuma se agregar em cardumes, com atividade primariamente noturna. Se alimenta de peixes e crustáceos.
Chega à maturidade com cerca de 23,2 cm e o maior indivíduo já encontrado tinha 54,2 cm e 1,3 kg.
A foto foi tirada em frente à Pousada Uacari, na RDS Mamirauá. Na ocasião havia muitos peixes, de diferentes espécies, à flor d'água, buscando o pouco oxigênio que restava na água, devido à seca dos rios. Esse fenômeno é localmente chamado de "uaiú".

Fontes:

http://www.fishbase.org/summary/Sorubim-lima.html

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

sarapó

sarapó (Apteronotus bonapartii)

Classe: Actinopterygii
Ordem: Gymnotiformes
Família: Apteronotidae

Sarapó é o nome comum para os pequenos peixes elétricos amazônicos, cujo fraco campo elétrico auxilia na locomoção, na detecção das presas e identificação sexual.
Normalmente os Gymnotiformes são noturnos, bênticos e se alimentam de pequenos invertebrados. A. bonapartii se alimenta muito de ninfas de efemerópteros.
Possui dimorfismo sexual em que o macho possui a cabeça e a "tromba" mais alongada do que a fêmea, mas não há diferenças entre os sexos em relação à eletrocomunicação.
A. bonapartii é uma espécie da bacia Amazônica, ocorrendo nos rios e também nas florestas de várzea, como na RDS Mamirauá, local onde a foto foi tirada. Podem crescer até 27cm.

Fontes:

Convergent evolution of weakly electric fishes from floodplain habitats in Africa and South America - Kirk Winemiller & Alphonse Adite. Environmental Biology of Fishes 49: 175–186, 1997.
Sex differnces in the eletrocommunication signals of the electric fish  Apteronotus bonapartii. Winnie Ho, Cristina Fernandes, José Alves-Gomes e Troy Smith. NIHPA Manuscripts.
www.fishbase.org

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

caburé

caburé (Glaucidium brasilianum)

Classe: Aves
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae

Uma corujinha muito interessante. É a maior espécie do gênero, chegando a medir 17cm. É uma ave diurna e crepuscular, diferentemente da maioria das corujas.
As espécies do gênero Glaucidium apresentam falsos olhos na nuca que servem para enganar suas presas. Por falar nisso, esses falsos olhos são de grande importância para o caburé. Quando vocaliza (http://www.xeno-canto.org/species/Glaucidium-brasilianum) atrai pequenas aves, beija-flores, saíras, pipiras, que vêm ao seu encontro para expulsá-lo. É uma ação das presas contra o predador. No entanto, as presas se confundem e muitas vezes atacam o caburé pela frente, achando que são as costas, devido aos olhos de mentira na nuca da coruja. Nesse momento o caburé pega uma dessas avezinhas. Esse comportamento é chamado de mobbing. Além de aves, também se alimenta de outros pequenos vertebrados, como lagartixas e sapos.
Nidifica em cavidades naturais, como ocos de árvores ou em ninhos de joão-de-barro (Furnarius rufus). O casal choca de 2 a 3 ovos.
Vive desde áreas florestadas na Amazônia, incluindo florestas de várzea, como cerrado, caatinga e áreas semi-abertas. Ocorre do centro-norte da Argentina até o México, a leste da Cordilheira dos Andes na América do Sul. Em todo o Brasil.
Está fora de perigo, mas a população está em declínio.
A foto à direita foi tirada na Pousada Xaraés, pantanal sul-matogrossense, município de Corumbá/MS; a segunda foi tirada em uma trilha na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, região de Uarini, estado do Amazonas.

Fontes:

Iconografia das aves do Brasil. Volume 1, bioma Cerrado - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
www.xeno-canto.org


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

tamacuaré

tamacuaré (Uranoscodon superciliosus)

Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Iguanidae

Comprimento de até 15 cm. Os machos adultos são marrom escuro ou marrom oliváceo enquanto os jovens e as fêmeas  possuem uma faixa ondulada clara com bordas escuras.
Ocorre na maior parte da Amazônia, exceto no extremo oeste.
Vive próximo a corpos d'água, como igarapés, rios e lagos, sobre troncos de árvores pequenas durante o dia e sobre árvores, cipós e até pela superfície da água durante a noite.
Desovam entre 3 e 14 ovos.
Não é heliotérmica. É uma espécie críptica. Pode correr sobre a água.
Se alimenta de minhocas, escorpiões, alguns vertebrados como sapos.
A foto foi tirada na RDS Mamirauá, estado do Amazonas, Brasil.


Fonte:


Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

saí-amarelo

saí-amarelo (Dacnis flaviventer)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thraupidae

Possui cerca de 11 cm. O macho é amarelo e preto, com o alto da cabeça verde e a fêmea é pardo-esverdeada e de barriga acizentada. Ambos possuem o olho vermelho. Belíssima espécie amazônica. Habita a beira da rios e lagos em áreas mais arborizadas, mas também em capoeiras e clareiras próximas à árvores esparsas. O indivíduo da foto estava em uma ilha no rio Negro. Ocorre do alto Amazonas ao rio Negro, Bolívia e norte do Mato Grosso.
Se alimentam de pequenos frutos, pedaços de frutas maiores, folhas, botões, néctar, pólen e pequenos insetos.
Aos 10 meses de idade ficam maduros. A ninhada é de 2 a 3 ovos e são até 3 ninhadas por estação. Após 13 dias os filhotes nascem.
Estão fora de perigo de extinção, mas a população está em declínio.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br

terça-feira, 21 de agosto de 2012

pica-pau-de-topete-vermelho

pica-pau-de-topete-vermelho (Campephilus melanoleucos)

Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae

Os pica-paus possuem a musculatura do pescoço muito forte e adaptações especiais nas vértebras, no crânio e no próprio pescoço, de modo a proteger o cérebro das trepidações quando o animal "pica" a árvore. São animais trepadores e a cauda é transformada em um órgão de apoio nas árvores.
C. melanoleucos é muito parecido com a espécie pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus), porém distinguível pelo "V" branco nas costas e pela cabeça bem avermelhada. A fêmea possui a frente do topete preta e uma larga mancha branca que alcança o bico.
Ocorre do Panamá à Bolívia, Paraguai, Argentina e alguns estados brasileiros como o Paraná, Mato Grosso e Goiás. Também na Amazônia e no Pantanal. Habita matas de galeria, várzeas amazônicas, áreas abertas, palmais e fazendas.
Se alimentam de insetos e suas larvas. Conseguem ouvir o barulho desses animais no oco das árvores ou martelam a madeira para descobrir onde existem possíveis presas. Possuem uma língua longa e pegajosa que serve para espetar a presa. Algumas espécies como C. melanoleucos se alimentam também de frutos (bananas, mamão, laranja e embaúba).
Na época de reprodução, o casal de pica-pau-de-topete-vermelho se encontra após vôos em que produzem fortes zunidos com as asas. Normalmente o casal nidifica em árvores mortas, palmeiras e embaúbas, onde constróem um ninho em alguma cavidade da madeira. C. melanoleucos deixa uma camada de serragem no ninho. A fêmea deposita entre 2 a 4 ovos e ambos os sexos revezam-se na hora de chocar.
A espécie está fora de perigo, mas a população parece estar em declínio.
A primeira foto é de um macho, tirada na comunidade Sítio São José, na RDS Mamirauá, Amazonas; as outras duas são da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, pantanal sul-matogrossense. Na segunda foto dá pra ver em detalhe a cauda apoiada no tronco da árvore e a terceira é uma fêmea.


Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

batuíra-de-coleira




batuíra-de-coleira (Charadrius collaris)

Classe: Aves
Ordem: Charadriiformes
Família: Charadriidae

Habita usualmente áreas próximas à água, como praia e beira de rios, sejam de areia ou lama. Também vive em regiões de água salgada, dunas e zonas de vegetação pioneira, mas é mais comum em águas interiores. Na Amazônia, devido a inundação das regiões de várzea e igapó, tem que migrar para outras áreas, fazendo este movimento todos os anos. Assim que as águas baixam, voltam para suas áreas de preferência onde se reproduzem. Não faz ninho. A fêmea deposita os ovos diretamente no solo. Vivem aos casais e não há dimorfismo sexual. Os filhotes são nidífugos, ou seja, já saem do ninho ao nascer.
Se alimentam de pequenos animais que vivem no solo, como insetos, poliquetas e crustáceos.
Ocorre do México à Bolívia, Argentina e Chile e em todo o Brasil. Também nas ilhas do Caribe e Antilhas Holandesas.
Está fora de perigo de extinção, mas a população vem diminuindo. É estimado que existam entre 1.000 a 10.000 indivíduos.
As 3 primeiras fotos foram tiradas na Amazônia, todas no estado do Amazonas. A primeira foi no lago Tefé, na região do distrito de Nogueira, pertencente ao município de Alvarães; a segunda à direita é da RDS Uatumã, no lago Jaraoacá; a terceira foi na área da comunidade Miraflor, município de Uarini, no rio Solimões. A última foto é da região do Pantanal sul-matogrossense, na fazenda Nossa Senhora do Carmo, município de Corumbá.

Fontes:

Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
www.iucnredlist.org


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

onça-pintada

onça-pintada (Panthera onca)

Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae

A onça-pintada é o maior felino das Américas, podendo pesar até 150 kg e medir 2,4 m de comprimento, incluindo a cauda. Contudo o tamanho dos animais varia muito de acordo com a região: no Pantanal os indivíduos são grandes, chegando a mais de 100 kgm enquanto que na várzea amazônica, são menores e os machos adultos podem pesar cerca de 60-70 kg. É um animal muito forte, musculoso, de cabeça grande em relação ao corpo, cauda grossa e pernas grossas e curtas. Suas manchas são chamadas de rosetas, ou seja, são manchas dentro das manchas.  O padrão de rosetas é individual, ou seja, cada animal tem o seu. É equivalente à nossa impressão digital.
Originalmente ocorria da Argentina central até o sul dos EUA, mas atualmente já está extinta ou muito rara em grande parte de sua distribuição (ocorre em apenas 46% da sua área original). Na Amazônia e no Pantanal as populações de onça-pintada são grandes e o animal ainda está a salvo. No entanto, considerando toda a distribuição da espécie e as pressões exercidas sobre ela, é um animal considerado próximo de ameaçado.
Habita praticamente qualquer tipo de habitat, mas normalmente está muito associada a corpos d'água e áreas alagáveis. No entanto existem animais em regiões secas como a caatinga.
As principais ameaças à onça-pintada são a perda de habitat, com o desmedido desmatamento que vem ocorrendo nas Américas, a perda de presas devido à caça e os conflitos com humanos, especialmente proprietários de terras e de animais de criação que matam P. onca em retaliação a alguns casos de morte de gado pela onça. Muitos estudos, no entanto, demonstram que a porcentagem de gado morto pela onça-pintada é baixa.
São animais que constumam andar sozinhos, mas também em dupla. Irmãos são às vezes observados juntos por um certo tempo e a mãe também tem um importante cuidado com os filhotes (na média 2). Moradores locais da RDS Mamirauá contam que na época da vadiação (quando a fêmea está no cio) é possível observar vários indivíduos juntos, às vezes mais de 5. Os filhotes ficam independente após cerca de 2 anos e as fêmeas tem sua primeira cria a partir dos 3 anos de idade. O tempo máximo de vida de uma onça-pintada é de aproximadamente 12 anos.

Possuem grandes áreas de uso e os territórios variam muito em relação aos recursos existentes. Existe sobreposição de território, especialmente de machos e fêmeas, mas os animais vagueiam pela área dos outros. Na RDS Mamirauá, onde existe a maior densidade de onça-pintada do mundo, foi registrado, com o auxílio de armadilhas fotográficas, 13 indivíduos por 100 km2

Possuem atividade ao longo do dia inteiro. Se alimentam de praticamente todo vertebrado que conseguir pegar. Comem queixadas, antas, veados, capivaras, jacarés e seus ovos, jabutis, aves e até preguiças e macacos.
As 3 fotos de onça foram tiradas na área do corixo fundo, dentro da fazenda Nossa Senhora do Carmos, Pantanal sul-matogrossense. A segunda e a terceira foto é de um casal, o o macho à direita e a fêmea à esquerda na segunda e em lados invertidos na terceira. A foto da pegada é no final da trilha da Guariba, bem próximo à Pousada Uacari, na RDS Mamirauá, Amazonas.

Fontes:
Azevedo, F. C. C. 2006. Predation patterns of jaguars (Panthera onca) in a seasonally flooded forest in the southern region of Pantanal, Brazil. Doctor of Philosophy, University of Idaho, 103pp.
Macedo, J. S. 2011. Dinâmica populacional da onça-pintada (Panthera onca) no lago Mamirauá e conflitos entre onças e populações tradicionais nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, AM. Relatório técnico final das atividades de bolsa /CNPQ. Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Tefé, Amazonas, Brasil.
Ramalho, E.E. 2006. Uso do hábitat e dieta da onça-pintada (Panthera onca) em uma área de várzea, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazônia Central, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Amazonas, 46pp.
Sanderson, E. W.; Redford, K. H.; Chetkiewicz, C. B.; Medellin, R. A.; Rabinowitz, A.; Robinson, J. G.; Taber, A. B. 2002. Planning to save a species: the jaguar as a model. Conservation Biology, 16(1):58-72.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Marpesia chiron

Marpesia chiron

Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae

Marpesia chiron ocorre do sul dos EUA à América do Sul, da Colômbia para a Bolívia. Sua distribuição inclui o Caribe. Habita florestas tropicais, áreas abertas, beira de rios, praias de rios, florestas decíduas, floresta de neblina, áreas de vegetação secundária, parques em cidades, beira de estradas. Até 2500 m de altitude.
Deposita os ovos em  folhas das plantas da família Moraceae (que inclui os figos). As lagartas, de coloração vermelha ou amarela, se alimentam das folhas das plantas hospedeiras.
Os machos se agregam para sugar sais e minérios do solo e são comuns vê-los às dezenas juntos. São muito ativos em climas quentes, mas em locais mais frios passam algum tempo se esquentando ao sol. As fêmeas ficam mais tempo no interior da mata, sendo mais difíceis de ver. Formam dormitórios noturnos.

Fontes:

http://www.learnaboutbutterflies.com/Amazon%20-%20Marpesia%20chiron.htm
http://www.butterfliesandmoths.org/species/Marpesia-chiron
http://darnis.inbio.ac.cr/ubisen/FMPro?-DB=UBIPUB.fp3&-lay=WebAll&-error=norec.html&-Format=detail.html&-Op=eq&id=3851&-Find

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

tucunaré

tucunaré (Cichla monoculus)

Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae

São muitas espécies de tucunarés na Amazônia e C. monoculus é a encontrada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
É um animal muito apreciado na culinária amazônida e também é um dos preferidos pelos pescadores esportistas, principalmente na região do rio Negro.
Ocorre nas regiões do complexo Solimões-Amazonas e alguns tributários, bem como nas áreas de várzea, no Brasil, Peru e Colômbia.
São carnívoros. Os adultos consomem peixes e os juvenis crustáceos e insetos.
A maturidade sexual dos machos ocorre após 1 ano e das fêmeas 2 anos. Não existe uma época de reprodução definida, mas parecem preferir os meses quentes para fazê-la. O casal constrói um ninho, muitas vezes sob paus caídos e também cuida da prole.
O tamanho máximo registrado foi de 70 cm e 9 kg.

Fontes:

www.fishbase.org
Peces del medio Amazonas. Región de Leticia - Cnservacion Internacional
ANÁLISE FILOGENÉTICA DE DUAS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS DE TUCUNARÉ
(Cichla, PERCIFORMES), COM REGISTRO DE HIBRIDIZAÇÃO EM DIFERENTES
PONTOS DA BACIA AMAZÔNICA - Fernanda Andrade, Horacio Schneider, Izeni Farias, Eliana Feldberg & Iracilda Sampaio

quarta-feira, 27 de junho de 2012

acará-açu - carauaçu

acará-açu (Astronotus ocellatus)

Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae

Porte médio, medindo até 35-40 cm.
Espécie sul-americana da Bacia Amazônica, incluindo as Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã.
Ocorre no Brasil, Peru, Colômbia e Guiana Francesa. Habita águas brancas, pretas e mistas. Prefere áreas com fundo arenoso, lamoso e com folhiço, normalmente próximo à galhadas e vegetação aquática.
Se alimenta de pequenos peixes, anelídeos e larvas de insetos.
Possui forte apelo comercial, sendo muito apreciado por aquarifilistas. É também vendido como alimento.
Ambas as fotos foram tiradas na RDS Mamirauá. A segunda foi em uma pescaria com turistas e o animal foi devolvido à água.
Fontes:
Peixes Ornamentais do Amanã - Hélder Lima de Queiróz, Alexandre Pucci Hercos e Henrique Lazarotto de Almeida