Este blog foi o meio que achei para poder aproveitar as fotos que eu tiro pelo país e compartilhar um pouco de uma das minhas grandes paixões que é o mundo animal. Espero que seja útil e que aproveitem!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Corta-água
Corta-água (Rynchops niger)
Classe: aves
Ordem: charadriiformes
Família: rynchopidae
Belíssima e diferente ave com uma posição taxonômica complicada. Alguns propõem como subfamília Laridae, mas segundo o Comitê Sul-americano de Classificação faz parte de uma família própria.
Possui a mandíbula maior do que a maxila e o bico é provido de uma grande quantidade de vasos sanguíneos e nervos, facilitando a orientação tátil durante as pescarias. O ponta do bico se quebra eventualmente e também se regenera. A forma do bico impossibilita o corta-água de obter alimentos do solo.
É a única ave que possui as pupilas em forma de fenda, mas os olhos são pequenos.
Mede cerca de 50cm.
Podemos observar Ryncops niger em atividade tanto de dia quanto de noite, mas frequentemente vemos os animais descansando nas praias durante o dia.
Se alimenta de peixes pequenos e crustáceos que ficam próximos à superfície da água e o faz de um modo bem peculiar, voando rente à água, com o bico aberto, sendo que a mandíbula passa parte dentro da água, como se a cortasse.
Deposita de 1 a 3 ovos, amarronzados e com manchas em buracos na areia nas praias fluviais. vários casais nidificam próximos e também perto de outras espécies como trinta-reis (Phaetusa simplex) e trinta-réis-anão (Sterna superciliaris). Já visitei praias em que esses animais ovipõe na região do rio Negro, próximo ao Parque Nacional do Jaú (chamada Praia da Velha) e no rio Japurá, próximo à Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
Ocorrem da Argentina aos Estados Unidos, incluindo as ilhas do Caribe e no Brasil todo.
Habita praias fluviais, margem de rios e lagos florestados e migra até regiões da orla marítima e estuários, mas fora do período de reprodução.
Embora pareça que a população de corta-água venha declinando, ainda é muito grande e a espécie possui uma distribuição bastante grande, o que confere a ela o status de fora de perigo de extinção.
As duas primeiras fotos foram tiradas na comunidade Caburini, RDS Mamirauá, durante a seca de 2009; a terceira foi na Pousada Uacari, também RDS Mamirauá; a quarta foi no rio Negro em 2010; e a última foi na Pousada Xaraés, município de Corumbá/MS, pantanal, junto de indivíduos de tapicuru-da-cara-pelada (Phimosus infuscatus)
Fontes:
Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
Aves do Brasil - Tomas Sigrist
Complete Brids fo North America - National Geographic
www.iucnredlist.org
http://www.museum.lsu.edu/~Remsen/SACCBaseline02.html
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