saracura-do-mato (Aramides saracura)
Classe: Aves
Ordem: Gruiformes
Família: Rallidae
Hoje vamos falar um pouco de uma espécie que ocorre no sudeste e no sul do Brasil, mais especificamente do norte do Rio Grande do Sul ao Nordeste de Minas e Espírito Santo. Ocorre também no sul do Paraguai e nas regiões de Corrientes e Missiones na Argentina (olhar mapa abaixo, à direita).
Espécie com cerca de 37 centímetros e 500 gramas de peso. As espécies do gênero Aramides são similares e A. saracura pode ser distinguível pela plumagem acizentada nas partes inferiores.
Habita áreas pantanosas e brejosas e também em matas ciliares. As fotos foram tiradas em locais e habitas diferentes. A foto da direita foi no Jardim Botânico de São Paulo, logo no córrego da entrada. Estava sozinha e procurando alimento. A foto da esquerda foi tirada na Fazenda Montanhas do Japi (Jundiaí), em uma área aberta adjacente à mata. Havia várias saracuras correndo pra lá e pra cá, próximas à sede da fazenda.
São onívoras. Se alimentam de ovos de anuros, mas provavelmente também comam insetos e pequenos animais. O indivíduo da Serra do Japi se alimentava das sementes do capim.
Ao que tudo indica, se reproduzem em arbustos próxi
mos ao solo, com 4 a 5 ovos. Não há dimorfismo sexual, ou seja, não dá para distinguir macho e fêmea apenas observando os indivíduos.
A saracura-do-mato está fora de perigo de extinção, mas suas populações aparentemente estão em declínio.
Fontes:
Aves do Brasil: uma visão artística - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com
Este blog foi o meio que achei para poder aproveitar as fotos que eu tiro pelo país e compartilhar um pouco de uma das minhas grandes paixões que é o mundo animal. Espero que seja útil e que aproveitem!
quinta-feira, 13 de abril de 2017
sexta-feira, 7 de abril de 2017
araçari-de-bico-marrom
araçari-de-bico-marrom (Pteroglossus mariae)
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Ramphastidae
Mais um belo araçari de distribuição amazônica. Seu nome é
interessante e a criatividade vai longe. Pteros significa asa e glossa, língua.
Mariae é homenagem à Grã-duquesa Maria, filha do Czar Nicolau I, da Rússia. O
Comitê Sul-americano de Classificação de Aves não a considera como uma espécie
plena, no entanto há controvérsias sobre a classificação da espécie. O Comitê
Brasileiro de Registros Ornitológicos, sim, considerada como uma espécie
separada.
Ocorre ao sul do rio Solimões, no Brasil, Peru e Bolívia.
Habita florestas até
1400 metros de altitude, em áreas de terra-firme e várzea, em bordas de mata e
fragmentos florestais. Tirei essa foto no Ramal 007, da Estrada da Emade, em
Tefé, em uma área relativamente bem
preservada, com interessantes fragmentos de floresta, recortados bom algumas
áreas de roça de mandioca.
Provavelmente, assim como outros Pteroglossus, se alimenta
de frutos (embaúbas, palmeiras) e pequenos animais, incluindo predação de
ninhos de aves.
Fontes:
www.wikiaves.com.br
http://www.museum.lsu.edu/~Remsen/SACCBaseline.htm
terça-feira, 4 de abril de 2017
rabo-branco-amarelo
Classe:
Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Sempre difícil de identificar as espécies desse gênero. O
canto é um grande diferencial, mas às vezes nem dá tempo de ouvir direito. E
beija-flores, sabe como são, muito rápidos, muitas vezes complicado de
observá-los com precisão.
Espécie amazônica, ao sul do Solimões. Além do Brasil,
também ocorre na Bolívia e no Peru.
O ninho de P. philippi, como os de seus congêneres, possui
forma cônica, com um adorno pendurado que pode ter a função de contrapeso. É
feito de material macio, como alguns tipos de paina e outros materiais
vegetais. São suspensos nas faces interiores de folhas de palmeiras,
samambaias, etc.
Se alimenta de néctar, mas também pode caçar pequenos
artrópodes.
A foto foi tirada no Ramal da Paz, no 12 km da Estrada da
Emade, em Tefé.
Fontes:
Ornitologia Brasileira - Helmut Sick
segunda-feira, 3 de abril de 2017
sagui-pigmeu
sagui-pigmeu (Cebuella pygmaea)
Classe: Mamíferos
Ordem: Primatas
Família: Callitrichidae
É o menor primata do Novo Mundo. Chega, no máximo, a cerca de 35 centímetros, contando com a cauda. Pesa menos de 100 gramas.
Ocorre ao sul do rio Solimões, a oeste do rio Purus, na Bolívia, Brasil (Amazonas, Acre e Rondônia), Colômbia, Equador e Peru.
Habita florestas nas margens dos rios, em áreas preservadas. Também podem ocorrer em florestas secundárias (a foto foi tirada no km 18 da Estrada da Emade, Tefé, na borda de uma mata secundária de terra firme).
É uma espécie primariamente arbórea, utilizando pouco o solo. Utiliza buracos nas árvores para se abrigar.
Vivem em pares e com seus filhotes. O macho ajuda na criação do filhote, carregando-o quando necessário. Normalmente nascem dois filhotes por ninhada, duas vezes ao ano.
Se alimentam de insetos e resinas das árvores (frutos provavelmente. O indivíduo da foto estava se alimentando de frutos de embaúba – Cecropia sp.).
A espécie é considerada comum, mas é de difícil observação. Está fora de perigo, mas a população está em declínio.
Fontes:
www.iucnredlist.org
Mammal of
the Neotropics (The Central Neotropics) – John Eisenberg e Kent Redford