urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus)
Classe: Aves
Ordem: Cathartiformes
Família: Cathartidae
A espécie de urubu mais comum no Brasil, ocorrendo desde cidades e áreas abertas até regiões densamente florestadas. Possui entre 56 a 74 centímetros, cerca de 1,6 quilos e envergadura que chega a 143 centímetros. Quando em voo é possível identificá-lo pelas pontas das asas brancas.
Ocorre em praticamente toda a América do Sul, exceto o extremo sul do continente até o meio dos Estados Unidos e os estados mais a leste, chegando a Connecticut. Já observei essa espécie em regiões do Médio Solimões, como a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e regiões inóspitas do rio Negro.
Normalmente em grupo, plana bem alto, aproveitando-se das correntes termais. Se alimenta de carcaças e as localiza através de sua apurada visão ou observando outros animais. Não possui faro tão desenvolvido quanto os urubus do gênero Cathartes. Costuma dominar as carniças devido o número abundante de indivíduos de sua espécie. Se alimenta também de lixo, sendo muito comum em lixões, nas cidades. Ocorre em praias, onde se alimenta de ovos de quelônios e outras aves. Outros itens de sua dieta são pequenos vertebrados, algumas frutas e peixes quase mortos em lagos que estão secando. Na Amazônia, aproveita-se da mortandade de peixes, após uma chuvada, durante o verão (observação pessoal). Por possuir um sistema digestivo muito resistente, pode comer carcaças em avançado nível de putrefação.
Após a chuva, procuram áreas abertas ou topo de árvores e casas, onde abrem as asas completamente e as secam. Um hábito interessante do urubu-de-cabeça-preta é o chamado allopreening, em que um indivíduo limpa outro de seu mesmo grupo social.
Realiza a corte no ar, em manobras complexas e a grande velocidade. Coloca 1 a 3 ovos, branco-azulado, pintado de marrom, diretamente no solo, em esconderijos nas pedras, floresta ou edifícios urbanos. O filhote possui a plumagem clara.
Essa espécie se beneficia com o desmatamento. É um perigo em zonas aeroportuárias, podendo causar acidentes com aeronaves. É considerada fora de perigo e sua população em crescimento.
Fotos: urubus no telhado da Pousada Uacari, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (primeira à direita); pousados em pés de açaí (Euterpes precatoria) na cidade de Tefé/AM (à esquerda); comendo um rato morto, em uma avenida no centro de Tefé (terceira).
Fontes:
Iconografia das Aves do Brasil, volume 1, bioma Cerrado - Tomas Sigrist.
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br
Este blog foi o meio que achei para poder aproveitar as fotos que eu tiro pelo país e compartilhar um pouco de uma das minhas grandes paixões que é o mundo animal. Espero que seja útil e que aproveitem!
sábado, 28 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
mariposa-imperador
mariposa-imperador (Thysania agrippina)
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
É a maior mariposa do mundo, com uma envergadura que pode chegar a 30 cm, sendo considerada, embora não seja a espécie com a maior superfície da asa, perdendo para espécies da família Saturniid, do sul da Ásia.
Ocorre na Amazônia e na América Central, chegando até ao México.
As fotos foram tiradas na cidade de Tefé, estado do Amazonas. A foto à direita mostra a vista dorsal, mais clara, com desenhos escuros. Foi tirada numa região mais periférica da cidade, com áreas verdes e igarapés próximos; à esquerda a vista ventral, mais colorida. Essa foto foi feita na região central da cidade, em uma avenida bastante movimentada.
Fontes:
Book of Insect Records, University of Florida. (http://entnemdept.ufl.edu/walker/ufbir/chapters/chapter_32.shtml)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mariposa-imperador
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
É a maior mariposa do mundo, com uma envergadura que pode chegar a 30 cm, sendo considerada, embora não seja a espécie com a maior superfície da asa, perdendo para espécies da família Saturniid, do sul da Ásia.
Ocorre na Amazônia e na América Central, chegando até ao México.
As fotos foram tiradas na cidade de Tefé, estado do Amazonas. A foto à direita mostra a vista dorsal, mais clara, com desenhos escuros. Foi tirada numa região mais periférica da cidade, com áreas verdes e igarapés próximos; à esquerda a vista ventral, mais colorida. Essa foto foi feita na região central da cidade, em uma avenida bastante movimentada.
Fontes:
Book of Insect Records, University of Florida. (http://entnemdept.ufl.edu/walker/ufbir/chapters/chapter_32.shtml)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mariposa-imperador
quinta-feira, 6 de junho de 2013
cobra-cega
Amphisbaena fuliginosa
Classe: Répteis
Ordem: Squamata
Família: Amphisbaenidae
Embora pareça uma serpente, pois não possui patas, a Amphisbaena é um lagarto. Possui entre 35 a 50 cm, com um registro de um indivíduo de 55,5 cm. Os olhos são rudimentares, modificação relacionada ao seu hábito fossorial (permanecem a maior parte do tempo sob o folhiço ou outros objetos).
Ocorre na América do Sul, até o norte do Panamá. Sua distribuição é principalmente amazônica, mas também ocorre em áreas de mata atlântica do Nordeste e um registro para o estado de Goiás, no bioma cerrado.
Em um estudo com outros indivíduos do mesmo gênero, os principais itens alimentares consumidos foram nematóides e insetos de variadas famílias e espécies, como besouros, cupins e formigas.
O indivíduo da foto foi encontrado na Universidade Federal do Amazonas, Manaus.
Fontes:
New record of Amphisbaena fuliginosa (Squamata, Amphisbaenidae) for the Cerrado Biome, in an area of extensive cattle ranching - Frederico Gemesio Lemos & Katia Gomes Facure. - Biota Neotropica.
A second note on the geographical differentiation of Amphisbaena fuliginosa L., 1758 (Squamata, Amphisbaenidae), with a consideration of the forest refuge model of speciation - Paulo Vanzolini - Anais da Academia Brasileira de Ciências.
Classe: Répteis
Ordem: Squamata
Família: Amphisbaenidae
Embora pareça uma serpente, pois não possui patas, a Amphisbaena é um lagarto. Possui entre 35 a 50 cm, com um registro de um indivíduo de 55,5 cm. Os olhos são rudimentares, modificação relacionada ao seu hábito fossorial (permanecem a maior parte do tempo sob o folhiço ou outros objetos).
Ocorre na América do Sul, até o norte do Panamá. Sua distribuição é principalmente amazônica, mas também ocorre em áreas de mata atlântica do Nordeste e um registro para o estado de Goiás, no bioma cerrado.
Em um estudo com outros indivíduos do mesmo gênero, os principais itens alimentares consumidos foram nematóides e insetos de variadas famílias e espécies, como besouros, cupins e formigas.
O indivíduo da foto foi encontrado na Universidade Federal do Amazonas, Manaus.
Fontes:
New record of Amphisbaena fuliginosa (Squamata, Amphisbaenidae) for the Cerrado Biome, in an area of extensive cattle ranching - Frederico Gemesio Lemos & Katia Gomes Facure. - Biota Neotropica.
A second note on the geographical differentiation of Amphisbaena fuliginosa L., 1758 (Squamata, Amphisbaenidae), with a consideration of the forest refuge model of speciation - Paulo Vanzolini - Anais da Academia Brasileira de Ciências.
Notas sobre os Amphisbaenia (Reptilia, Squamata) da microrregião de Feira de Santana, Estado da Bahia, Brasil. José Duarte de Barros Filho.
Guia de largatos da RFAD - Laurie Vitt, William Magnusson, Teresa Cristina Ávila Pires, Albertina Pimentel Lima.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
araracanga
araracanga (Ara macao)
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidea
Manaus ainda proporciona o prazer de ouvir algumas aves cantando e, surpreendentemente para uma capital de 2 milhões de habitantes, os gritos estridentes da araracanga são relativamente comuns. Final de tarde no Conjunto Tiradentes pode ser um espetáculo de araracangas voando e cantando. Muitas vezes elas param nas embaúbas (Cecropia sp.) da, sôfrega, porém lutadora mata ciliar do igarapé do Mindú. E nessas horas que eu saio correndo para tentar alguma imagem.
Ara macao é uma ave grande, com cerca de 89 cm, de vermelho muito vivo. É semelhante à A. chloroptera, mas possui coloração amarela na parte média das asas, ao contrário da segunda, que possui cor verde.
É um animal frugívoro. Constrói seu ninho em ocos de árvores altas. A nidificação ocorre entre dezembro e março.
Vive em grupos. Observo, normalmente, em grupos de 5 a 10 indivíduos.
Habita florestas úmidas, matas ciliares, clareiras com algumas árvores, matas de várzea e, como vimos, inclusive cidades que ainda possuem alguma vegetação. Ocorre no Mato Grosso, Maranhão e todas a região norte do Brasil. Da Bolívia ao Equador, Guiana Francesa à Colômbia. Ocorre também na América Central, mas foi possivelmente extinta de parte de sua área de ocorrência nesse Continente.
É considerado fora de perigo de extinção, mas com o número em declínio.
Fotos:
1 - Voando sobre Manaus.
2 - Empoleiradas nas embaúbas do igarapé do Mindú.
3 - Casal no cano do Apara, RDS Mamirauá.
4 - Indivíduo na entrada do ninho em um tacacazeiro no cano do lago Mamirauá, RDS Mamirauá.
Fontes:
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidea
Manaus ainda proporciona o prazer de ouvir algumas aves cantando e, surpreendentemente para uma capital de 2 milhões de habitantes, os gritos estridentes da araracanga são relativamente comuns. Final de tarde no Conjunto Tiradentes pode ser um espetáculo de araracangas voando e cantando. Muitas vezes elas param nas embaúbas (Cecropia sp.) da, sôfrega, porém lutadora mata ciliar do igarapé do Mindú. E nessas horas que eu saio correndo para tentar alguma imagem.
Ara macao é uma ave grande, com cerca de 89 cm, de vermelho muito vivo. É semelhante à A. chloroptera, mas possui coloração amarela na parte média das asas, ao contrário da segunda, que possui cor verde.
É um animal frugívoro. Constrói seu ninho em ocos de árvores altas. A nidificação ocorre entre dezembro e março.
Vive em grupos. Observo, normalmente, em grupos de 5 a 10 indivíduos.
Habita florestas úmidas, matas ciliares, clareiras com algumas árvores, matas de várzea e, como vimos, inclusive cidades que ainda possuem alguma vegetação. Ocorre no Mato Grosso, Maranhão e todas a região norte do Brasil. Da Bolívia ao Equador, Guiana Francesa à Colômbia. Ocorre também na América Central, mas foi possivelmente extinta de parte de sua área de ocorrência nesse Continente.
É considerado fora de perigo de extinção, mas com o número em declínio.
Fotos:
1 - Voando sobre Manaus.
2 - Empoleiradas nas embaúbas do igarapé do Mindú.
3 - Casal no cano do Apara, RDS Mamirauá.
4 - Indivíduo na entrada do ninho em um tacacazeiro no cano do lago Mamirauá, RDS Mamirauá.
Fontes:
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domingo, 31 de março de 2013
tuiuiú - mais fotos
quinta-feira, 28 de março de 2013
lontra
lontra (Lontra longicaudis)
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Tamanho total: 78 a 130 cm. Peso: 5 a 15 kg.
Particularmente, um dos meus animais prediletos. Ocorre do norte da Argentina e Uruguai até o México central. Em quase todos os estados brasileiros, exceto parte da região nordeste. É encontrado em todos os biomas brasileiros, menos a caatinga.
É uma espécie semi-aquática, por isso depende de rios limpos e matas ciliares e de galeria preservadas. Também ocorre em estuários e manguezais. As membranas interdigitais auxiliam na natação e a cauda achatada atua como um remo.
É solitária e de hábitos preferencialmente diurnos, embora haja registros de atividades noturnas. É uma espécie carnívora, se alimentando primariamente de peixes. Também se alimenta de crustáceos, moluscos e alguns estudos mostram que pode consumir pequenos mamíferos, répteis, aves e frutos.
Os ninhos são tocas cavadas na margem do rio, mas podem ser utilizados ocos de árvore também. A reprodução ocorre na primavera. A gestação é de cerca de dois meses e nascem entre um a cinco filhotes. Após o nascimento, a mãe cuida da prole.
As principais ameças à espécie são o desmatamento e a poluição dos corpos d'água. No passado houve muita caça de L. longicaudis para o comércio de peles. Por exemplo, na região de Iquitos, Peru, após a segunda guerra mundial, foram exportados mais de 90.000 peles de lontra. Outros dados mostram que, entre os anos de 1962 a 1967, na mesma região, quase 48.000 indivíduos ou peles foram vendidas para fora do país. A IUCN considera que não há dados suficientes para categorizar o grau de ameaça que a espécie está.
Muito difícil fotografar esse bicho. Normalmente, quando via o animal, ele estava nadando e logo desaparecia. Apenas uma vez na vida pude vê-lo fora d'água e por tanto tempo. Hoplias sp.)
As fotos foram tiradas no rio Abobral, região da Pousada Xaraés, Pantanal sul-matogrossense. Na primeira foto, o indivíduo se alimentava de uma traíra (
Fontes:
Mamíferos do Brasil - Nélio R. dos Reis, Adriano L. Peracchi, Wagner A. Pedro, Isaac P. de Lima.
Libro Rojo de la Fauna Silvestre de Vertebrados de Bolivia - Veronica Zambrana, Paul A. Van Damme, Pilar Becerra.
The Empty Forest - Kent Redford. BioScience, 1992.
www.iucnredlist.org
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Tamanho total: 78 a 130 cm. Peso: 5 a 15 kg.
Particularmente, um dos meus animais prediletos. Ocorre do norte da Argentina e Uruguai até o México central. Em quase todos os estados brasileiros, exceto parte da região nordeste. É encontrado em todos os biomas brasileiros, menos a caatinga.
É uma espécie semi-aquática, por isso depende de rios limpos e matas ciliares e de galeria preservadas. Também ocorre em estuários e manguezais. As membranas interdigitais auxiliam na natação e a cauda achatada atua como um remo.
É solitária e de hábitos preferencialmente diurnos, embora haja registros de atividades noturnas. É uma espécie carnívora, se alimentando primariamente de peixes. Também se alimenta de crustáceos, moluscos e alguns estudos mostram que pode consumir pequenos mamíferos, répteis, aves e frutos.
Os ninhos são tocas cavadas na margem do rio, mas podem ser utilizados ocos de árvore também. A reprodução ocorre na primavera. A gestação é de cerca de dois meses e nascem entre um a cinco filhotes. Após o nascimento, a mãe cuida da prole.
As principais ameças à espécie são o desmatamento e a poluição dos corpos d'água. No passado houve muita caça de L. longicaudis para o comércio de peles. Por exemplo, na região de Iquitos, Peru, após a segunda guerra mundial, foram exportados mais de 90.000 peles de lontra. Outros dados mostram que, entre os anos de 1962 a 1967, na mesma região, quase 48.000 indivíduos ou peles foram vendidas para fora do país. A IUCN considera que não há dados suficientes para categorizar o grau de ameaça que a espécie está.
Muito difícil fotografar esse bicho. Normalmente, quando via o animal, ele estava nadando e logo desaparecia. Apenas uma vez na vida pude vê-lo fora d'água e por tanto tempo. Hoplias sp.)
As fotos foram tiradas no rio Abobral, região da Pousada Xaraés, Pantanal sul-matogrossense. Na primeira foto, o indivíduo se alimentava de uma traíra (
Fontes:
Mamíferos do Brasil - Nélio R. dos Reis, Adriano L. Peracchi, Wagner A. Pedro, Isaac P. de Lima.
Libro Rojo de la Fauna Silvestre de Vertebrados de Bolivia - Veronica Zambrana, Paul A. Van Damme, Pilar Becerra.
The Empty Forest - Kent Redford. BioScience, 1992.
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quarta-feira, 27 de março de 2013
escorpião
escorpião (Tityus metuendus)
Classe: Arachnida
Ordem: Scorpiones
Família: Buthidae
Tamanho: 7 a 9 cm.
Espécie amazônica, dos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Acre e no Peru.
Os escorpiões são vivíparos, ou seja, dão à luz a filhotes e não ovos. Um estudo com uma fêmea proveniente da região de Iquitos, Peru, mostrou a ocorrência de arrenotoquia (minha tradução livre do inglês), uma forma de partenogênese (crescimento e desenvolvimento de um embrião, sem a fertilização) em que origina apenas machos. O gênero Tityus tem uma gestação de cerca de três meses.
Escorpiões são predadores, se alimentando, principalmente, de outros invertebrados, mas também de pequenos vertebrados. São terrestres e, em sua maioria, noturnos. Podem ser nocivos aos humanos, mas dificilmente letais a uma pessoa saudável. Os sintomas de uma ferroada de T. metuendus são dor local, queimação, hiperemia (aumento da quantidade de sangue em um determinado local) e edema. Pode levar a problemas cardiovasculares, respiratórios e neurológicos.
O indivíduo da foto foi encontrado no campus da Universidade Federal do Amazonas, em Manaus.
Fontes:
Reproduction in scorpions, with special reference to parthenogenesis. - Wilson R. Lourenço. European Arachnology, 2000.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_escorpioes_web.pdf
http://www.cit.ufam.edu.br/prevencao/animais/escorpioes.htm
Classe: Arachnida
Ordem: Scorpiones
Família: Buthidae
Tamanho: 7 a 9 cm.
Espécie amazônica, dos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Acre e no Peru.
Os escorpiões são vivíparos, ou seja, dão à luz a filhotes e não ovos. Um estudo com uma fêmea proveniente da região de Iquitos, Peru, mostrou a ocorrência de arrenotoquia (minha tradução livre do inglês), uma forma de partenogênese (crescimento e desenvolvimento de um embrião, sem a fertilização) em que origina apenas machos. O gênero Tityus tem uma gestação de cerca de três meses.
Escorpiões são predadores, se alimentando, principalmente, de outros invertebrados, mas também de pequenos vertebrados. São terrestres e, em sua maioria, noturnos. Podem ser nocivos aos humanos, mas dificilmente letais a uma pessoa saudável. Os sintomas de uma ferroada de T. metuendus são dor local, queimação, hiperemia (aumento da quantidade de sangue em um determinado local) e edema. Pode levar a problemas cardiovasculares, respiratórios e neurológicos.
O indivíduo da foto foi encontrado no campus da Universidade Federal do Amazonas, em Manaus.
Fontes:
Reproduction in scorpions, with special reference to parthenogenesis. - Wilson R. Lourenço. European Arachnology, 2000.
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_escorpioes_web.pdf
http://www.cit.ufam.edu.br/prevencao/animais/escorpioes.htm
domingo, 24 de março de 2013
tiê-sangue
tiê-sangue (Ramphocelus bresilius)
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thraupidae
Belíssima espécie endêmica do Brasil, ocorre no bioma Mata Atlântica, de Santa Catarina a Paraíba. Embora a Mata Atlântica esteja sob grande ameaça, o que reduz a área de ocorrência dos animais que ali vivem, o tiê-sangue é considerado fora de perigo de extinção, pois ainda há bastantes indivíduos registrados.
Habita capoeiras, beiras de mata, restingas, plantações e até em parques e praças nas cidades.
É uma espécie frugívora, mas também pode se alimentar de pequenos insetos e suas larvas. Foi beneficiado pela cultura de bananas no Sudeste brasileiro, pois representa uma importante fonte de alimentação.
A reprodução ocorre na primavera e no verão. A maturidade sexual se dá no primeiro ano de vida, mas o macho só adquire a plumagem vermelho-vivo no segundo ano. A fêmea deposita entre 2 a 3 ovos azulados com pintas pretas e apenas ela choca. Após a eclosão, vários indivíduos cuidam da prole. São duas a três oviposições por temporada e o choco dura 13 dias. A independência dos filhotes é após 35 dias. Os ninhos de R. bresilius são parasitados pelo chopim (Molothrus bonairenses).
Pesa cerca de 31 g e mede 19 cm. O macho é de cor vermelho-vivo com partes pretas e a fêmea é marrom. O macho imaturo é similar à fêmea.
A foto à direita foi tirada no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, lioral sul do estado de São Paulo; a foto à esquerda é da trilha da Urca, Rio de Janeiro.
Fontes:
www.wikiaves.com.br
www.iucnredlist.org
Classe: Aves
Macho adulto |
Família: Thraupidae
Belíssima espécie endêmica do Brasil, ocorre no bioma Mata Atlântica, de Santa Catarina a Paraíba. Embora a Mata Atlântica esteja sob grande ameaça, o que reduz a área de ocorrência dos animais que ali vivem, o tiê-sangue é considerado fora de perigo de extinção, pois ainda há bastantes indivíduos registrados.
Habita capoeiras, beiras de mata, restingas, plantações e até em parques e praças nas cidades.
É uma espécie frugívora, mas também pode se alimentar de pequenos insetos e suas larvas. Foi beneficiado pela cultura de bananas no Sudeste brasileiro, pois representa uma importante fonte de alimentação.
Macho sub-adulto |
Pesa cerca de 31 g e mede 19 cm. O macho é de cor vermelho-vivo com partes pretas e a fêmea é marrom. O macho imaturo é similar à fêmea.
A foto à direita foi tirada no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, lioral sul do estado de São Paulo; a foto à esquerda é da trilha da Urca, Rio de Janeiro.
Fontes:
www.wikiaves.com.br
www.iucnredlist.org
domingo, 17 de março de 2013
jeju
jeju (Hoplerythrinus unitaeniatus)
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Erythrinidae
Peixe e grande distribiuição, ocorrendo nas Américas Central e do Sul. Bacias dos rios Paraná, São Francisco, Amazonas, Orinoco, Madalena e rios costeiros das Guianas e Suriname. Habita áreas pantanosas e pequenos rios e igarapés com pouca correnteza. Vive em água doce e é pelágico.
Sua bexiga natatória possui uma modificação que permite ao jeju fazer respiração aérea. Também é capaz de se movimentar fora da água. Desse modo, pode sobreviver longos períodos fora da água.
Se alimenta de invertebrados e alguns peixes também.
Fica pronto para a reprodução aos 16 cm e o tamanho máximo é cerca de 25 cm.
Pode ser utilizado como peixe ornamental.
A foto dessa postagem foi tirada em agosto de 2012, época de vazante, na RDS Mamirauá, em frente à Pousada Uacari.
Fontes:
R.D. Oliveira, J. M. Lopes, J. R. Sanches, A. L. Kalinin, M. L. Glass e F. T. Rantin - Cardiorespiratory responses of the facultative air-breathing fish jeju, Hoplerythrinus unitaeniatus (Teleostei, Erythrinidae), exposed to graded ambient hypoxia.
Débora Diniz & Luiz Antonio Carlos Bertollo - Karyotypic studies on Hoplerythrinus unitaeniatus (Pisces, Erythrinidae) populations. A biodiversity analysis.
www.fishbase.org
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Erythrinidae
Peixe e grande distribiuição, ocorrendo nas Américas Central e do Sul. Bacias dos rios Paraná, São Francisco, Amazonas, Orinoco, Madalena e rios costeiros das Guianas e Suriname. Habita áreas pantanosas e pequenos rios e igarapés com pouca correnteza. Vive em água doce e é pelágico.
Sua bexiga natatória possui uma modificação que permite ao jeju fazer respiração aérea. Também é capaz de se movimentar fora da água. Desse modo, pode sobreviver longos períodos fora da água.
Se alimenta de invertebrados e alguns peixes também.
Fica pronto para a reprodução aos 16 cm e o tamanho máximo é cerca de 25 cm.
Pode ser utilizado como peixe ornamental.
A foto dessa postagem foi tirada em agosto de 2012, época de vazante, na RDS Mamirauá, em frente à Pousada Uacari.
Fontes:
R.D. Oliveira, J. M. Lopes, J. R. Sanches, A. L. Kalinin, M. L. Glass e F. T. Rantin - Cardiorespiratory responses of the facultative air-breathing fish jeju, Hoplerythrinus unitaeniatus (Teleostei, Erythrinidae), exposed to graded ambient hypoxia.
Débora Diniz & Luiz Antonio Carlos Bertollo - Karyotypic studies on Hoplerythrinus unitaeniatus (Pisces, Erythrinidae) populations. A biodiversity analysis.
www.fishbase.org
domingo, 10 de março de 2013
gralha-cancã
gralha-cancã (Cyanocorax cyanopogon)
Classe:Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Corvidae
Espécie endêmica do Brasil, ocorre de Minas Gerais e Goiás até o Nordeste inteiro, leste de Mato Grosso, Pará e Tocantins. É uma aves de áreas semi-áridas, mas vem se expandindo pelo Brasil devido ao desmatamento. Já habita áreas de cerrado, matas ciliares, além da caatinga.
C. cyanopogon é onívora, comendo artrópodes em geral, frutos e restos de comida. Pode estocar alimento para comer depois.
Nidifica em árvores altas e deposita 3 ovos.
Está fora de perigo de extinção.
Essa foto foi tirada no Parque Nacional Serra da Capivara, próxima a uma das guaritas de entrada.
Fontes:
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br
Classe:Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Corvidae
Espécie endêmica do Brasil, ocorre de Minas Gerais e Goiás até o Nordeste inteiro, leste de Mato Grosso, Pará e Tocantins. É uma aves de áreas semi-áridas, mas vem se expandindo pelo Brasil devido ao desmatamento. Já habita áreas de cerrado, matas ciliares, além da caatinga.
C. cyanopogon é onívora, comendo artrópodes em geral, frutos e restos de comida. Pode estocar alimento para comer depois.
Nidifica em árvores altas e deposita 3 ovos.
Está fora de perigo de extinção.
Essa foto foi tirada no Parque Nacional Serra da Capivara, próxima a uma das guaritas de entrada.
Fontes:
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br
quinta-feira, 7 de março de 2013
queixada
queixada (Tayassu peccari)
Classe: Mammalia
Ordem: Cetartiodactyla
Família: Tayassuidae
Embora as queixadas sejam semelhantes aos porcos, são classificados em famílias diferentes. Queixadas são muito próximas dos catetos, mas vivem em simpatria com as duas outras espécies.
Ocorre em todas as regiões do Brasil, do norte da Argentina ao Equador, Colômbia à Guiana Francesa e do Panamá ao sul do México. É considerado extinto em partes das regiões sul e nordeste do Brasil, parte do norte da Argentina e outras áreas mais ao norte da América do Sul. Segundo IUCN, a espécie está próxima de ameaçada, com as populações declinando.
Habita uma ampla gama de habitats, como áreas muito úmidas e densas até áreas mais secas. No Brasil é encontrado em quase todos os biomas, sendo mais comum no Pantanal e na Amazônia.
Queixadas se alimentam, principalmente, de frutos, mas também de fibras, raízes, folhas e até uns poucos invertebrados. Para algumas espécies de plantas, queixadas são predadoras de sementes.
Vivem em bandos que podem ultrapassar 100 indivíduos. Algumas pessoas tem medo e consideram as queixadas agressivas. Realmente são animais fortes e que podem se tornar violentos em caso de ameaças, mas, no geral, não partem para o confronto.
É uma importante fonte de proteína para populações do interior. Sua carne é saborosa e, quando um grupo é detectado, é praticamente carne garantida. A caça predatória à espécie e o desmatamento são fundamentais para colocá-la em ameaça.
As fotos e o vídeo (uma sequência de fotos, na verdade) foram tiradas na Fazenda Nossa Senhora do Carmo, Pousada Xaraés, pantanal Sul, município de Corumbá/MS. Além desse local, já observei queixadas na RDS Amanã, Amazonas.
Fontes:
Arnaud L. J. Desbiez - Wildlife Conservation in the Pantanal: Habitat Alteration, Invasive Species and Bushmeat Hunting. - Tese de Doutorado na Kent Canterbury University
www.iucnredlist.org
Classe: Mammalia
Ordem: Cetartiodactyla
Família: Tayassuidae
Embora as queixadas sejam semelhantes aos porcos, são classificados em famílias diferentes. Queixadas são muito próximas dos catetos, mas vivem em simpatria com as duas outras espécies.
Ocorre em todas as regiões do Brasil, do norte da Argentina ao Equador, Colômbia à Guiana Francesa e do Panamá ao sul do México. É considerado extinto em partes das regiões sul e nordeste do Brasil, parte do norte da Argentina e outras áreas mais ao norte da América do Sul. Segundo IUCN, a espécie está próxima de ameaçada, com as populações declinando.
Habita uma ampla gama de habitats, como áreas muito úmidas e densas até áreas mais secas. No Brasil é encontrado em quase todos os biomas, sendo mais comum no Pantanal e na Amazônia.
Queixadas se alimentam, principalmente, de frutos, mas também de fibras, raízes, folhas e até uns poucos invertebrados. Para algumas espécies de plantas, queixadas são predadoras de sementes.
Vivem em bandos que podem ultrapassar 100 indivíduos. Algumas pessoas tem medo e consideram as queixadas agressivas. Realmente são animais fortes e que podem se tornar violentos em caso de ameaças, mas, no geral, não partem para o confronto.
É uma importante fonte de proteína para populações do interior. Sua carne é saborosa e, quando um grupo é detectado, é praticamente carne garantida. A caça predatória à espécie e o desmatamento são fundamentais para colocá-la em ameaça.
As fotos e o vídeo (uma sequência de fotos, na verdade) foram tiradas na Fazenda Nossa Senhora do Carmo, Pousada Xaraés, pantanal Sul, município de Corumbá/MS. Além desse local, já observei queixadas na RDS Amanã, Amazonas.
Fontes:
Arnaud L. J. Desbiez - Wildlife Conservation in the Pantanal: Habitat Alteration, Invasive Species and Bushmeat Hunting. - Tese de Doutorado na Kent Canterbury University
www.iucnredlist.org
sábado, 2 de março de 2013
coleirinho
coleirinho (Sporophila caerulescens)
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Famílai: Emberezidae
Também chamado de papa-capim, é uma das aves mais comuns e abundantes do gênero. Apesar de ser uma espécie alvo do tráfico ilegal de animais, procurada pelo seu canto, é considerada fora de perigo de extinção. De acordo com a IUCN, a população está aumentando, possivelmente devido ao desmatamento e a criação de novas áreas abertas.
Vive em áreas abertas e capinzais. Ocorre praticamente em todo o Brasil, mas mais comum nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Também ocorre no norte da Argentina, Paraguai e Bolívia.
Vive em bandos de 6 a 20 indivíduos, alimentando-se de sementes de gramíneas. Assim como outros papa-sementes, ficam em pé sobre a haste do capim, onde se encontram as sementinhas.
Se reproduz entre os meses de outubro e fevereiro e, nessa época, ficam em casais. O macho constrói o ninho, feito de gramíneas, raízes e outras fibras, e defende seu território contra outros machos co-específicos. A fêmea deposita dois ovos e pode chocar entre três a quatro vezes por ano. Em 13 dias os filhotes abandonam o ninho e em pouco mais de um mês já estão independentes. A maturidade sexual se dá ainda no primeiro ano. Vivem cerca de 10 a 12 anos.
Mede por volta de 12 cm. O macho é cinza e branco, com um colar preto bem evidente. Possui bico amarelado. A fêmea é parda, mais escura nas costas.
As duas primeiras fotos foram tiradas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a segunda em um hotel fazenda na cidade de Cássia dos Coqueiros, interior de São Paulo.
Fontes:
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br
Macho |
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Famílai: Emberezidae
Também chamado de papa-capim, é uma das aves mais comuns e abundantes do gênero. Apesar de ser uma espécie alvo do tráfico ilegal de animais, procurada pelo seu canto, é considerada fora de perigo de extinção. De acordo com a IUCN, a população está aumentando, possivelmente devido ao desmatamento e a criação de novas áreas abertas.
Vive em áreas abertas e capinzais. Ocorre praticamente em todo o Brasil, mas mais comum nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Também ocorre no norte da Argentina, Paraguai e Bolívia.
Vive em bandos de 6 a 20 indivíduos, alimentando-se de sementes de gramíneas. Assim como outros papa-sementes, ficam em pé sobre a haste do capim, onde se encontram as sementinhas.
Fêmea se alimentando |
Mede por volta de 12 cm. O macho é cinza e branco, com um colar preto bem evidente. Possui bico amarelado. A fêmea é parda, mais escura nas costas.
As duas primeiras fotos foram tiradas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a segunda em um hotel fazenda na cidade de Cássia dos Coqueiros, interior de São Paulo.
Macho |
Fontes:
www.iucnredlist.org
www.wikiaves.com.br
sexta-feira, 1 de março de 2013
Epictia diaplocius
Epictia diaplocius
Classe: Répteis
Ordem: Squamata
Família: Leptotyphopidae
Conheci esse animal ontem, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Não achei nenhum nome popular para ele.
E. diaplocius é uma pequena serpente, chegando a cerca de 21 cm no máximo. Possui olhos vestigiais, se alimenta de pequenos insetos e suas larvas e para se defender utiliza a ponta da cauda, que possui algo como um esporão e elimina um forte cheiro.
As espécies desse gênero se distribuem pela América do Norte (México e sul dos EUA), América do Sul, Ilhas do Caribe, África e sudoeste da Ásia (região a oeste da Índia).
São animais de hábitos fossoriais, mas podem ser encontrados na superfície do solo à noite ou em dias úmidos, mas também podem viver em árvores.
Muitas espécies da família se movem pela água ou se deslocam pela vegetação aquática. Isso pode ser um importante fator no histórico biogeográfico da família.
Agradeço ao professor Ronis Da Silveira por ter me mostrado esse animal e à Adna, do laboratório de zoologia da UFAM, por ter identificado a espécie para mim.
Fontes:
Marcio Martins & M. Ermelinda Oliveira - Herpetological Natural History, 6(2) - dezembro 1998
Solmy A. Adalsteinsson - Molecular phylogenetics and biogeography of thread snakes (serpentes: Leptotyhlopidae).
Classe: Répteis
Ordem: Squamata
Família: Leptotyphopidae
Conheci esse animal ontem, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Não achei nenhum nome popular para ele.
E. diaplocius é uma pequena serpente, chegando a cerca de 21 cm no máximo. Possui olhos vestigiais, se alimenta de pequenos insetos e suas larvas e para se defender utiliza a ponta da cauda, que possui algo como um esporão e elimina um forte cheiro.
As espécies desse gênero se distribuem pela América do Norte (México e sul dos EUA), América do Sul, Ilhas do Caribe, África e sudoeste da Ásia (região a oeste da Índia).
São animais de hábitos fossoriais, mas podem ser encontrados na superfície do solo à noite ou em dias úmidos, mas também podem viver em árvores.
Muitas espécies da família se movem pela água ou se deslocam pela vegetação aquática. Isso pode ser um importante fator no histórico biogeográfico da família.
Agradeço ao professor Ronis Da Silveira por ter me mostrado esse animal e à Adna, do laboratório de zoologia da UFAM, por ter identificado a espécie para mim.
Fontes:
Marcio Martins & M. Ermelinda Oliveira - Herpetological Natural History, 6(2) - dezembro 1998
Solmy A. Adalsteinsson - Molecular phylogenetics and biogeography of thread snakes (serpentes: Leptotyhlopidae).
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
onça-pintada - mais fotos
onça-pintada (Panthera onca)
Novas e velhas fotos de onça.
RDS Mamirauá, Amazônia, Uarini/AM, seca de 2012 - fêmea |
Novas e velhas fotos de onça.
Fazenda San Francisco, pantanal sul-matogrossense, Miranda/MS |
Fazenda Nossa Senhora do Carmo (Pousada Xaraés), pantanal sul-matogrossense, Corumbá/MS - fêmea |
Fazenda Nossa Senhora do Carmo (Pousada Xaraés), pantanal sul-matogrossense, Corumbá/MS - casal (macho à esq.) |
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
bico-de-pato
bico-de-pato (Sorubim lima)
Classe: Actinopterygii
Ordem: Siluriformes
Família: Pimelodidae
Peixe de água doce, encontrado na América do Sul, nas bacias dos rios Paraná, Parnaíba, Amazonas e Orinoco.
Costuma se agregar em cardumes, com atividade primariamente noturna. Se alimenta de peixes e crustáceos.
Chega à maturidade com cerca de 23,2 cm e o maior indivíduo já encontrado tinha 54,2 cm e 1,3 kg.
A foto foi tirada em frente à Pousada Uacari, na RDS Mamirauá. Na ocasião havia muitos peixes, de diferentes espécies, à flor d'água, buscando o pouco oxigênio que restava na água, devido à seca dos rios. Esse fenômeno é localmente chamado de "uaiú".
Fontes:
http://www.fishbase.org/summary/Sorubim-lima.html
Classe: Actinopterygii
Ordem: Siluriformes
Família: Pimelodidae
Peixe de água doce, encontrado na América do Sul, nas bacias dos rios Paraná, Parnaíba, Amazonas e Orinoco.
Costuma se agregar em cardumes, com atividade primariamente noturna. Se alimenta de peixes e crustáceos.
Chega à maturidade com cerca de 23,2 cm e o maior indivíduo já encontrado tinha 54,2 cm e 1,3 kg.
A foto foi tirada em frente à Pousada Uacari, na RDS Mamirauá. Na ocasião havia muitos peixes, de diferentes espécies, à flor d'água, buscando o pouco oxigênio que restava na água, devido à seca dos rios. Esse fenômeno é localmente chamado de "uaiú".
Fontes:
http://www.fishbase.org/summary/Sorubim-lima.html
domingo, 6 de janeiro de 2013
balança-rabo-de-bico-torto
balança-rabo-de-bico-torto (Glaucis hirsutus)
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Os beija-flores têm grande importância na polinização das flores, se lambuzando de pólen quando visita as flores para se alimentar de néctar. Também se alimentam de pequenos insetos, como um meio de obter proteína.
G. hirsutus possui cerca de 13cm, um bico curvo e é colorido, embora predomine os tons canela.
Habita florestas úmidas, sub-bosque da mata, capoeiras, mas normalmente próximo à água. Em grande parte do Brasil, de Goiás e Pantanal até boa parte da bacia Amazônica. Também é encontrado nos litorais do nordeste e do sudeste. Ocorre na Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guianas francesa e inglesa, Suriname, Panamá e ilhas do Caribe e Atlântico próximo à costa sul-americana.
Faz ninhos nas extremidades de folhas de palmeiras. É solitário.
O indivíduo da foto estava visitando uma árvore de ingá-cipó (Inga sp.) na comunidade do Caburini, região da RDS Mamirauá, margem direita do rio Japurá, Amazonas.
Está fora de perigo de extinção, mas a população está em declínio.
Fontes:
Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado - John A. Gwynne, Robert Ridgely, Guy Tudor e Martha Argel
Aves do Brasil - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Os beija-flores têm grande importância na polinização das flores, se lambuzando de pólen quando visita as flores para se alimentar de néctar. Também se alimentam de pequenos insetos, como um meio de obter proteína.
G. hirsutus possui cerca de 13cm, um bico curvo e é colorido, embora predomine os tons canela.
Habita florestas úmidas, sub-bosque da mata, capoeiras, mas normalmente próximo à água. Em grande parte do Brasil, de Goiás e Pantanal até boa parte da bacia Amazônica. Também é encontrado nos litorais do nordeste e do sudeste. Ocorre na Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guianas francesa e inglesa, Suriname, Panamá e ilhas do Caribe e Atlântico próximo à costa sul-americana.
Faz ninhos nas extremidades de folhas de palmeiras. É solitário.
O indivíduo da foto estava visitando uma árvore de ingá-cipó (Inga sp.) na comunidade do Caburini, região da RDS Mamirauá, margem direita do rio Japurá, Amazonas.
Está fora de perigo de extinção, mas a população está em declínio.
Fontes:
Aves do Brasil - Pantanal e Cerrado - John A. Gwynne, Robert Ridgely, Guy Tudor e Martha Argel
Aves do Brasil - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
sarapó
sarapó (Apteronotus bonapartii)
Classe: Actinopterygii
Ordem: Gymnotiformes
Família: Apteronotidae
Sarapó é o nome comum para os pequenos peixes elétricos amazônicos, cujo fraco campo elétrico auxilia na locomoção, na detecção das presas e identificação sexual.
Normalmente os Gymnotiformes são noturnos, bênticos e se alimentam de pequenos invertebrados. A. bonapartii se alimenta muito de ninfas de efemerópteros.
Possui dimorfismo sexual em que o macho possui a cabeça e a "tromba" mais alongada do que a fêmea, mas não há diferenças entre os sexos em relação à eletrocomunicação.
A. bonapartii é uma espécie da bacia Amazônica, ocorrendo nos rios e também nas florestas de várzea, como na RDS Mamirauá, local onde a foto foi tirada. Podem crescer até 27cm.
Fontes:
Convergent evolution of weakly electric fishes from floodplain habitats in Africa and South America - Kirk Winemiller & Alphonse Adite. Environmental Biology of Fishes 49: 175–186, 1997.
Sex differnces in the eletrocommunication signals of the electric fish Apteronotus bonapartii. Winnie Ho, Cristina Fernandes, José Alves-Gomes e Troy Smith. NIHPA Manuscripts.
www.fishbase.org
Classe: Actinopterygii
Ordem: Gymnotiformes
Família: Apteronotidae
Sarapó é o nome comum para os pequenos peixes elétricos amazônicos, cujo fraco campo elétrico auxilia na locomoção, na detecção das presas e identificação sexual.
Normalmente os Gymnotiformes são noturnos, bênticos e se alimentam de pequenos invertebrados. A. bonapartii se alimenta muito de ninfas de efemerópteros.
Possui dimorfismo sexual em que o macho possui a cabeça e a "tromba" mais alongada do que a fêmea, mas não há diferenças entre os sexos em relação à eletrocomunicação.
A. bonapartii é uma espécie da bacia Amazônica, ocorrendo nos rios e também nas florestas de várzea, como na RDS Mamirauá, local onde a foto foi tirada. Podem crescer até 27cm.
Fontes:
Convergent evolution of weakly electric fishes from floodplain habitats in Africa and South America - Kirk Winemiller & Alphonse Adite. Environmental Biology of Fishes 49: 175–186, 1997.
Sex differnces in the eletrocommunication signals of the electric fish Apteronotus bonapartii. Winnie Ho, Cristina Fernandes, José Alves-Gomes e Troy Smith. NIHPA Manuscripts.
www.fishbase.org
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
caburé
caburé (Glaucidium brasilianum)
Classe: Aves
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Uma corujinha muito interessante. É a maior espécie do gênero, chegando a medir 17cm. É uma ave diurna e crepuscular, diferentemente da maioria das corujas.
As espécies do gênero Glaucidium apresentam falsos olhos na nuca que servem para enganar suas presas. Por falar nisso, esses falsos olhos são de grande importância para o caburé. Quando vocaliza (http://www.xeno-canto.org/species/Glaucidium-brasilianum) atrai pequenas aves, beija-flores, saíras, pipiras, que vêm ao seu encontro para expulsá-lo. É uma ação das presas contra o predador. No entanto, as presas se confundem e muitas vezes atacam o caburé pela frente, achando que são as costas, devido aos olhos de mentira na nuca da coruja. Nesse momento o caburé pega uma dessas avezinhas. Esse comportamento é chamado de mobbing. Além de aves, também se alimenta de outros pequenos vertebrados, como lagartixas e sapos.
Nidifica em cavidades naturais, como ocos de árvores ou em ninhos de joão-de-barro (Furnarius rufus). O casal choca de 2 a 3 ovos.
Vive desde áreas florestadas na Amazônia, incluindo florestas de várzea, como cerrado, caatinga e áreas semi-abertas. Ocorre do centro-norte da Argentina até o México, a leste da Cordilheira dos Andes na América do Sul. Em todo o Brasil.
Está fora de perigo, mas a população está em declínio.
A foto à direita foi tirada na Pousada Xaraés, pantanal sul-matogrossense, município de Corumbá/MS; a segunda foi tirada em uma trilha na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, região de Uarini, estado do Amazonas.
Fontes:
Iconografia das aves do Brasil. Volume 1, bioma Cerrado - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
www.xeno-canto.org
Classe: Aves
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Uma corujinha muito interessante. É a maior espécie do gênero, chegando a medir 17cm. É uma ave diurna e crepuscular, diferentemente da maioria das corujas.
As espécies do gênero Glaucidium apresentam falsos olhos na nuca que servem para enganar suas presas. Por falar nisso, esses falsos olhos são de grande importância para o caburé. Quando vocaliza (http://www.xeno-canto.org/species/Glaucidium-brasilianum) atrai pequenas aves, beija-flores, saíras, pipiras, que vêm ao seu encontro para expulsá-lo. É uma ação das presas contra o predador. No entanto, as presas se confundem e muitas vezes atacam o caburé pela frente, achando que são as costas, devido aos olhos de mentira na nuca da coruja. Nesse momento o caburé pega uma dessas avezinhas. Esse comportamento é chamado de mobbing. Além de aves, também se alimenta de outros pequenos vertebrados, como lagartixas e sapos.
Nidifica em cavidades naturais, como ocos de árvores ou em ninhos de joão-de-barro (Furnarius rufus). O casal choca de 2 a 3 ovos.
Vive desde áreas florestadas na Amazônia, incluindo florestas de várzea, como cerrado, caatinga e áreas semi-abertas. Ocorre do centro-norte da Argentina até o México, a leste da Cordilheira dos Andes na América do Sul. Em todo o Brasil.
Está fora de perigo, mas a população está em declínio.
A foto à direita foi tirada na Pousada Xaraés, pantanal sul-matogrossense, município de Corumbá/MS; a segunda foi tirada em uma trilha na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, região de Uarini, estado do Amazonas.
Fontes:
Iconografia das aves do Brasil. Volume 1, bioma Cerrado - Tomas Sigrist
www.iucnredlist.org
www.xeno-canto.org